Feira Literária da Escola Municipal Floriano Peixoto leva poesia e memória ao bairro de Ipioca
Nesta 4ª edição, estudantes e professores realizaram exposições de arte e cultura sobre as belezas de Maceió
A 4ª edição da Feira Literária da Escola Municipal Marechal Floriano Peixoto, realizada nesta sexta-feira (7), em Ipioca, foi marcada por música, poesia, troca de conhecimentos e apresentação de trabalhos feitos por 620 crianças e adolescentes.
O evento contou com a participação de alunos e professores da Educação Infantil da creche municipal Nadir Brandão. A feira litetária apresentou o tema "Maceíó e suas belezas", ao homenagear os artistas alagoanos, o poeta Lêdo Ivo e o compositor e cantor Carlos Moura, conhecido por interpretar a música "Minha Sereia".
As salas de aula da escola viraram cenários coloridos, com materiais confeccionados com tecidos e recicláveis. A atividade contou com exposição de livros artesanais e varal de literatura de cordel. O destaque foi para a cor azul, já que as duas unidades escolares ficam próximas ao mar. Na decoração estavam presentes os elementos históricos da região e a arquitetura local.
Para a coordenadora pedagógica da Floriano Peixoto, Mônica Assis, que trabalha há 15 anos na Educação, o objetivo do evento é instigar os estudantes na produção textual e no conhecimento, como também estimular a valorização do lugar onde os estudantes habitam.
"Cada série optou por uma linha de produção. Houve aulas de campo, pesquisa, exercícios, tudo utilizado como recurso para obter o conhecimento para depois realizar a produção. Estamos em uma localidade de periferia e queríamos trabalhar mesmo essa questão do pertencimento. Foi excelente", revelou.
Dentro das salas e no pátio externo da escola, os visitantes podiam ver representados as praias de Maceió, a literatura, a cadeira gigante, o farol, o próprio Carlos Moura interpretado por um dos estudantes, as ruas históricas de Ipioca e de Jaraguá, aalguns dos símbolos que fazem a capital uma das mais belas e culturais do Brasil.
O secretário de Educação de Maceió, José Neto, participou da atividade escolar. Ele contou que estava muito emocionado com tudo que estava presenciando na feira e parabenizou a equipe pedagógica.
“É uma coisa fantástica. Vi os alunos envolvidos, o bairro de Ipioca, o projeto voltado à literatura de cordel. Eu pude reviver e rememorar o bairro de Jaraguá, o Parque Municipal de Maceió. As atividades na feira foram fantásticas. É muito emocionante ver as crianças envolvidas em um evento desse porte”, ressaltou o secretário.
Inclusão e cultura
Também estavam prestigiando a feira os pais e familiares dos estudantes. Uma delas é Nely Yasmin, 26 anos, dona de casa. Ela tem uma filha que estuda na unidade escolar, chamada Maria Sofia, 8 anos.
Para Nely, o que chamou mais atenção na feira foi o conhecimento que sua filha adquiriu sobre o meio ambiente.
Foi muito legal prestigiar a feira. Minha filha gosta muito de estudar aqui, se adaptou bem. O que mais me chamou atenção na escola foi as professoras que são atenciosas e a forma que minha filha aprendeu sobre o meio ambiente. A feira é importante porque auxilia a minha filha a ter mais conhecimento sobre esse assunto. Fiquei muito feliz”, disse Nely.
Maria Sofia contou que estava bem animada. “Eu brinquei muito e aprendi sobre a tartaruga, gosto muito de animais. Gostei muito de participar da feira”, revelou.
A feira também proporcionou apresentações culturais no pátio externo da escola. Dançando coco de roda, o grupo Reviver esbanjou gingado e simpatia. Teve até uma apresentação de poesia sobre o Lampião e Maria Bonita.
Brenda Maria, 5 anos, estuda na creche Nadir Brandão, que fica ao lado da escola. Carismática e com um jeito de apresentadora, mostrou todo o processo criativo dos trabalhos dela e dos colegas. Brenda contou também que ficou satisfeita com o resultado.
“Estou gostando muito daqui. O que mais me chamou atenção foram as maquetes com os locais do bairro. Gosto muito de ver a igreja. Antes da gente fazer os desenhos e maquetes, a gente teve que ir pra praia, ver as igrejas, as ruas, e foram todos os coleguinhas que fizeram os trabalhos. Foi tudo muito bom”, contou a pequena.
Já Samuel Dalisson, 11 anos, disse que gostou de participar da peça apresentada na feira e ficou emocionado com a presença de sua mãe.
“É muito bom participar de um evento como esse. Minha mãe veio me ver e ver o que eu fiz na sala, mas teve que sair cedo porque tinha que ir para o trabalho. Mesmo assim eu fiquei animado”, revelou o estudante.
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