Estudantes da rede municipal aprendem matemática por meio da costura

Iniciativa da professora Roselene Nunes desperta interesse dos estudantes pelos números e espírito empreendedor

Luan Oliveira (estagiário) / Ascom Semed 03/04/2022 às 08:30
Estudantes da rede municipal aprendem matemática por meio da costura
Foto: Luan Oliveira / Ascom Semed

Uma das disciplinas mais temidas da educação básica está recebendo uma nova roupagem lúdica para alunos da Escola Municipal Nise da Silveira, no Antares, que vem desenvolvendo suas habilidades nos números por meio de uma oficina de costura. A iniciativa da professora Roselene Nunes de Lima já passou também pela Escola Municipal Dr. José Haroldo da Costa, no Tabuleiro dos Martins, onde trabalha

Ao todo, sete alunos participam da oficina, que tem o número de vagas limitado pelo número de máquinas de costura disponíveis. Os equipamentos são da própria professora, que os conseguiu ao longo dos anos ou por meio de doações. Ela conta que seu objetivo, além do ensino da matemática, envolve dar mais uma ferramenta de trabalho para os estudantes.

Professora Rosely diz que a ideia era ensinar matemática e empreendedorismo aos pequenos. Foto: Luan Oliveira / Ascom Semed
Professora Rosely diz que a ideia era ensinar matemática e empreendedorismo aos pequenos. Foto: Luan Oliveira / Ascom Semed

“A minha ideia é que as crianças se tornem empreendedoras, entendam a importância do trabalho na vida delas. Queremos que eles aprendam também a matemática, que a matemática da escola é a matemática da vida, do dia a dia”, detalha. As aulas envolvem o uso de réguas e medidas para os panos usados na costura. Os alunos produzem estojos, carteiras e outros acessórios úteis no cotidiano escolar.

A professora destaca também o espírito de equipe e de afetividade criado dentro do ambiente. As oficinas são dadas durante o contraturno, para não interferir no desempenho deles nas salas de aula. “Estamos preparando os alunos para a vida, para o mercado de trabalho, sobre não desperdiçar os materiais e lidar com a ansiedade”, diz.

Pedro da Silva levou um estojo para casa logo após o primeiro dia. Foto: Luan Oliveira / Ascom Semed
Pedro da Silva levou um estojo para casa logo após o primeiro dia. Foto: Luan Oliveira / Ascom Semed

Um dos participantes da oficina, Pedro da Silva, do 4º ano, levou um estojo no seu primeiro dia de aula. “Estou aprendendo um bocado de coisa, e minha mãe ficou muito contente com o estojo que levei para casa”, conta o aluno. Pedro mora um pouco mais distante da escola que os outros estudantes, e vai até a oficina usando o transporte escolar ofertado pela rede.

A diretora da escola, Rosely Patriota, se diz feliz com o trabalho da professora Rose em sua escola. “Vimos o trabalho que ela realizou na escola Haroldo da Costa e ficamos felizes com a presença dela aqui. A lógica matemática é exposta aos alunos de uma forma bem mais interessante para ele. Foi recebida com entusiasmo por todos os estudantes”, explica a professora.

Os estudantes têm aulas toda sexta-feira, onde passam horas aprendendo a costurar e a fazer algumas operações matemáticas básicas para o processo. “As mães não acreditam que os filhos fizeram aquilo, que passaram tanto tempo na sala de aula sem agitação, que criaram um interesse pelos números”, revela Rosely.

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