Escolas Municipais apresentam resultados do Projeto Um por Todos e Todos por Um
Iniciativa destaca a importância da ética e da colaboração no desenvolvimento estudantil
Nesta segunda-feira (25), participantes do Projeto Um por Todos e Todos por Um (UPT) reuniram-se com profissionais da Educação e alunos das Escolas Municipais Suzel Dantas e Dr. José Haroldo da Costa. O objetivo do encontro foi avaliar a implementação da ação na Rede Municipal de Ensino de Maceió. Desenvolvido pela Controladoria Geral da União (CGU) em parceria com o Instituto Maurício de Sousa, o Projeto é direcionado a alunos do 5º ano do Ensino Fundamental e tem como objetivo promover valores essenciais como cidadania, ética, participação e responsabilidade social.
“Trazemos o Um por Todos e Todos por Um como um complemento no ensino, com o intuito de, no final, observar melhorias no desenvolvimento das crianças”, disse Sérgio Studart, representante da CGU em Alagoas e integrante do projeto.
Com atividades interativas, como desenhos, debates e questões que alimentam a curiosidade, o Projeto consegue captar o interesse das crianças com mais facilidade. Um exemplo é o aluno Angelo Santos, do 5º A, que, ao ser questionado sobre seus exercícios favoritos, destacou os que abordam a pátria. “Gosto muito desses exercícios, porque me dão a oportunidade de aprender mais sobre o Brasil. Isso torna as atividades muito mais interessantes, pois há muitos conteúdos que ajudam a melhorar meu conhecimento sobre o país onde nasci”, afirma.
Angelo também comentou que aprendeu a importância de respeitar as diferenças entre as pessoas, destacando o impacto positivo do projeto em seu aprendizado.
Educação e Cidadania
“O projeto é aplicado semanalmente para trazer o maior impacto possível em sala de aula, trabalhando a ética, a cidadania e também o aspecto emocional dos nossos alunos”, explica a professora Maria Giselma. Ela acrescenta que o aprendizado é avaliado ao final de cada módulo e monitorado por meio das atividades realizadas pelos alunos.
“Os alunos aproveitaram muito o projeto, e os professores abraçaram o projeto. Houve realmente uma dedicação,” conta Raquel Lima, diretora geral da escola. Ela também destacou a realização de atividades em sala de aula com a participação e apoio da psicóloga da escola, Taciane Xavier.
Raquel concluiu enfatizando a importância do projeto para essas turmas, afirmando que os alunos precisam de mais projetos como este, que os incentivem a respeitar a si mesmos e ao próximo.
Escola rotativa
Para Juliane Rocha, coordenadora da escola Dr. José Haroldo da Costa, trabalhar o projeto “Um por Todos e Todos por Um” com os estudantes é importante para que eles entendam sobre o funcionamento dos bens públicos e sobre a vida em sociedade.
“Neste ano, o projeto trouxe o tema do patrimônio público. Aproveitamos o ensejo de que a escola estava em manutenção e passou por uma reforma muito grande, incluindo o ar condicionado nas salas, portas de banheiro foram trocadas, para poder incluir o patrimônio público como carro-chefe do projeto”, comentou.
Ela explica que, ainda no âmbito do projeto, uma turma do 5º ano visitará a praça da Santa Amélia, que também foi reformada e constitui patrimônio público.
“Eles também vão ver como é cuidar, preservar e manter o cuidado, a conservação do patrimônio público. Nossos estudantes têm que entender que a escola é rotativa. Eles estão aqui hoje, mas amanhã são os filhos deles que estarão aqui estudando, então, para acontecer isso, a chave é a preservação, a conservação do material da escola”, pontuou.
Ana Cláudia Silva, aluna do 5º ano, relata que, com o projeto UPT, pôde aprender muitas coisas com democracia. "Com esse livro o professor foi me ajudando, agora eu sei muito mais graças a esse livro. Eu fazia muitas atividades junto com amigas, sempre prestava atenção. Eu gosto da Turma da Mônica. Depois desse livro, o professor vai passando os livros sobre democracia, ele passa no grupo do colégio, aí manda a gente assistir, e é muito bom", contou a estudante.
Pedro Henrique, também do 5º ano, comentou que o projeto o ajudou a aprender sobre a república, sobre os poderes públicos e os demais entes. “O material me ajudou bastante e eu também acho que nossa turma tem muito a ver com a turma da Mônica. Porque as meninas são que nem a Mônica, os meninos são que nem o Cascão e o Cebolinha”, disse.
Ligando teoria à prática
Salomão Nunes Santiago, professor da Escola Haroldo da Costa, iniciou o projeto "Um por todos, todos por um" no segundo semestre de 2024. Após realizar o curso do projeto, ele percebeu divergências entre o conteúdo oferecido e a realidade da sala de aula, o que o levou a estudar mais a fundo, demandando dois meses de preparação.
Em vez de seguir o projeto de forma linear, ele adaptou o conteúdo conforme as necessidades da escola, como a reforma da escola e o processo eleitoral, abordando temas como preservação do patrimônio público, democracia e república. Ele articulou essas questões com o conteúdo de história, geografia e outros aspectos do currículo, incluindo temas ligados à consciência negra em novembro.
Ele compartilha que está concluindo uma parte focada em inclusão, preconceito e racismo, que fazem parte do conteúdo programático. Ele conta que, na culminância do projeto, onde os alunos serão levados a uma praça pública, será possível que eles façam conexão entre teoria e prática, abordando questões como o espaço público e a participação comunitária, ilustradas por uma praça particular que surgiu graças à mobilização de um morador. Ele destaca a importância de conectar a teoria à prática, mostrando como a participação ativa pode impactar o retorno do poder público.
"Vou usar alguns elementos que a gente trabalha do ponto de vista conceitual e articular isso na prática, onde a gente vai poder vivenciar o que seria o espaço público, como preservar o espaço público, participação. Escolhi essa praça porque ela surgiu a partir da participação de um morador batalhando pelas questões de tornar aquilo um espaço de convívio para a comunidade. Há essa relação que eles vão poder perceber ali a questão da participação, como ela é importante para que o poder público dê retorno nessas questões", frisou.
Sobre a reunião com outros professores e representantes da CGU, o educador acredita que foi produtiva, pois permitiu discutir dificuldades do projeto dentro da realidade das escolas públicas, que variam de acordo com a região. Ele ressalta a importância de levar essas questões diretamente ao responsável do projeto , que não é da área educacional, para melhorar sua implementação no futuro. Além disso, destaca que as crianças se identificam positivamente com o projeto, principalmente por serem fãs da Turma da Mônica, e que os depoimentos dos alunos tendem a ser favoráveis, dada a empatia criada com o conteúdo.
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