Numa parceria da Secretaria Municipal de Educação (Semed) com o Sebrae/AL, teve início, na noite de quarta-feira (10), na escola municipal Nise da Silveira, o Projeto Educação Empreendedora, com a palestra Empreendedorismo para a Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai). A Ejai é formada, majoritariamente, por uma população com histórico de vulnerabilidade social, que precisou interromper os estudos para trabalhar, cuidar da família e ajudar no sustento da casa.

Com transmissão em tempo real, a palestra reuniu mais de 2.300 estudantes da Ejai da rede municipal de ensino. O encontro lotou salas, auditórios e pátios das escolas Suzel Dantas, Jaime de Altavila, Kátia Assunção, Paulo Bandeira, Padre Pinho, Corintho da Paz, Dom Hélder Câmara, Hermínio Cardoso e Nosso Lar.

Segundo a coordenadora da Ejai da Semed, Ana Amélia Vilela, é necessário despertar o interesse em pensar de forma criativa e inovadora o seu projeto de vida.

“A temática empreendedorismo será trabalhada em todas as 46 escolas da Ejai. Hoje estamos iniciando com a palestra e posteriormente teremos vinte momentos com oficinas e temáticas de desenvolvimento inovador de plano de negócios com foco nas vocações do entorno das escolas, onde possibilitará aos alunos construir um projeto de acordo com as temáticas estudadas na comunidade que envolvam o tema empreendedor. Esse trabalho vai possibilitar ao estudante buscar novos caminhos, enxergar possibilidades e criar ideias direcionadas ao seu próprio negócio”, comentou.

A técnica disse, ainda, que o empreendedor é aquele capaz de transformar o seu sonho ou ideia em realidade rentável, que na realidade, lhe traga satisfação e lucro. A diretora da escola Nise da Silveira, Roseli Patriota Cota, destacou que o país pede atenção, cuidados e envolvimento ao homem trabalhador.

“A escola Nise da Silveira recebe a proposta do projeto como ponto importante para formação dos nossos alunos trabalharem na Educação de Adultos e Idosos”, comemorou.

Lailton Costa, tem 61 anos, é aluno da Ejai na Escola Municipa Nise da Silveira e elogiou a iniciativa. “Eu nunca tive essa orientação. Eu trabalho com eventos e essa palestra vai ampliar muito mais a minha atuação na minha área de trabalho. Eu gostaria que isso fosse feito mais vezes", disse.

Para Genildo Luiz Silva, de 52 anos, autônomo, que trabalha no ramo de refrigeração, a palestra foi um grande incentivo. “Eu assisti a palestra bem atendo e observei minha realidade de trabalho. Quero me tornar um microempresário”, avaliou.

A professora da 1º fase da Ejai, Rosilda Santos disse que a palestra acontece num momento oportuno, devido a situação da pandemia.

“A gente sabe que muitos dos nossos alunos trabalham por conta própria e não entendem que na realidade, eles são empreendedores. Nós temos alunos que são vendedores de caldo de cana, pintores, frentistas e o que falta para eles é essa orientação para que eles entendam as regras do mercado de trabalho e assim contribuir para a economia do nosso Estado e do nosso bairro.”

Katilane Viera, é professora da 3ª fase do primeiro segmento da Ejai.

“Tenho 36 alunos na minha turma e o que se nota é a variedade em relação às práticas de trabalho que eles desenvolvem no campo informal. É o pedreiro, a artesã, o vendedor de doces e muitas vezes essas pessoas deixam de prestar serviços e ampliar o seu negócio. Essa palestra do Sebrae vem motivar a prática desse trabalho formal eu acredito que pode contribuir muito mais para todos eles”, disse.

João de Oliveira Filho / Ascom Semed