Educação de jovens, adultos e idosos se firma como política permanente de ensino na capital

A Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai) recebeu incentivos, se destacou e conseguiu se firmar como uma política educacional permanente para a educação de adultos no âmbito do município de Maceió. Para a Secretaria Municipal de Educação (Semed), todo o investimento feito nessa política nos últimos anos valeu a pena.

Segundo o coordenador da Ejai da rede municipal, José Rubens Lima, as intermediações de atores externos, como a Universidade Federal de Alagoas, do Fórum Alagoano de Educação de Jovens e Adultos e do Conselho Municipal de Educação de Maceió possibilitaram a criação da Coordenadoria e a implantação de alguns marcos fundamentais. A Resolução nº 03 de 2016/COMED/Maceió e a nova estrutura governamental que priorizou, em 2017, a inserção da Coordenadoria Geral de Educação de Jovens, Adultos e Idosos (CGEJAI) no organograma da Semed, foram dois desses marcos.

“Neste mesmo período, a Semed instituiu o ano da Ejai com a culminância em dezembro de 2018, com o lançamento da sistematização da proposta curricular vivenciada nas escolas por meio do Caderno de Orientações Curriculares de Ejai”, lembrou Rubens.

Em 2020, a CGEJAI inseriu no seu planejamento ações voltadas à ampliação da oferta de vagas para atender a demanda da comunidade, com turmas no horário diurno e aumento no horário noturno.

A equipe do Ejai focou no objetivo de criar um currículo para garantir o direito de acesso à educação para todos, fazendo com que o percurso escolar na modalidade fosse abrangente e refletisse a realidade dos alunos no enfrentamento às suas condições de vida. “Implementar o processo de formação continuada para professores, coordenadores e gestores, além do Caderno de Orientações Curriculares da Educação de Jovens, Adultos e Idosos foram decisivos para os avanços na modalidade”, conta o coordenador.

O coordenador acrescenta que foi proposto para acontecer nas 48 escolas municipais com turmas de Ejai a realização de oficinas de iniciação à qualificação profissional integrada à escolarização, assim como de economia solidária com a geração de renda e da cultura Mais Maker. “Aqui destacamos que o nosso currículo escolar perpassa diferentes dimensões do desenvolvimento e das aprendizagens. Portanto, considerar as diversidades, as diferentes linguagens, manifestações culturais e interações que são imprescindíveis neste processo de ensino e de aprendizagem para todos os sujeitos de direitos”.

Destacou, ainda, o coordenador: “Na busca da efetivação do processo de gestão democrática temos como ação a criação de grêmios estudantis e o incentivo à participação dos Conselhos Escolares, além de promover ações de acesso e produção de bens culturais existentes no município”.

Com o Decreto Municipal de suspensão das atividades letivas presenciais, a Coordenadoria Geral da Ejai realizou um trabalho de orientação aos coordenadores e professores, propondo ações de interação com os estudantes visando manter o vínculo e um canal de comunicação permanente.

“Nossa preocupação com a saúde de todos e com a busca de novas formas de gerar renda, e assim garantir o mínimo de recursos financeiros para a sobrevivência desses alunos e seus familiares, nos levou a trabalhar na utilização dos recursos tecnológicos para a manutenção das ações de formação online. Realizamos encontros, oficinas e reuniões com os professores, coordenadores e gestores. Ao mesmo tempo incentivamos estes profissionais a participarem das lives sobre temas educacionais, principalmente, na área da Ejai”, afirmou o coordenador José Rubens.

Em referência ao distanciamento social imposto pela pandemia, José Rubens destacou a riqueza de práticas pedagógicas na modalidade de Educação de Adultos, visando o envolvimento de todos com o lema “Nenhum a Menos no Ejai“. “Nós elaboramos e aplicamos questionários aos professores, coordenadores e gestores para colher informações sobre o trabalho, as interações, as condições tecnológicas dos estudantes e o planejamento de retorno às atividades letivas presenciais”.

João de Oliveira Filho – Ascom / Semed