Educadora da rede municipal sinaliza em libras músicas nas redes sociais

Iniciativa tem como objetivo plantar a semente da inclusão de libras no cotidiano dos alunos

Julita Bittencourt (estagiária) / Ascom Semed 18/12/2021 às 11:30
Educadora da rede municipal sinaliza em libras músicas nas redes sociais
Professora Fátima Santos inclui a libras nas aulas da turma de ouvintes da escola. Foto: Julita Bittencourt / Ascom Semed

A professora e estudante de Libras, Fátima Santos, encontrou um jeito democrático e solidário de tornar o mundo - mesmo que o virtual -, mais empático e igual. A pedagoga da Escola Municipal Marizette Correia, da Serraria, sinaliza na Língua dos Sinais alguns vídeos musicais para pessoas surdas que não sabem português.

Músicas sertanejas, mensagens natalinas e até uma homenagem de aniversário à capital alagoana se tornaram pautas inclusivas nas redes sociais da educadora, que está na rede municipal há 14 anos. 

Desejo de um mundo bilíngue faz com que Fátima inclua Libras em sua metodologia de ensino. Foto: Julita Bittencourt / Ascom Semed
Desejo de um mundo bilíngue faz com que Fátima inclua Libras em sua metodologia de ensino. Foto: Julita Bittencourt / Ascom Semed

“A ideia [desses vídeos] vem da empatia, do sonho de um dia o mundo ser bilíngue. Vem do amor ao próximo e respeito à Língua Brasileira de Sinais”, destacou a educadora do 1°ano da escola.

“Na convivência com a comunidade surda, alguns sempre questionam a falta de acessibilidade na língua, muitas vezes os vídeos nem legenda tem. Então, eles me procuram para sinalizar através de vídeo chamada ou pedem para gravar”, explicou.

E o resultado são vídeos interativos e acessíveis, como a homenagem de 206 anos de Maceió, que Fátima compartilhou. No vídeo, a educadora ‘canta sinalizando’ a música “Maceió, Minha Sereia” para aqueles que não podem ouví-la. 

Confira:

Às vésperas dos festejos de final de ano, o espírito solidário se faz ainda mais presente na vida da pedagoga, que sinalizou em Libras uma mensagem natalina após um simples pedido. 

“A coleguinha de uma aluna surda da escola viu o vídeo na minha rede social e pediu para que eu sinalizasse a mensagem pra que ela pudesse compartilhar com os amigos surdos, que não sabem português”, disse Fátima.

Mesmo sem ter alunos surdos na turma, a educadora sempre procura incluir a Libras. ”Nas minhas aulas remotas, tenho procurado semear o nível básico da língua brasileira de Sinais-Libras procurando sensibilizar para que futuramente, eles tenham conscientização de empatia”, revelou a professora.

A diretora da escola Marizette Correia, Maria do Socorro, fala com alegria do trabalho desenvolvido pela professora. “Nós temos uma aluna surda, a Karla do 5° ano, e por isso é importante esse trabalho de inclusão da professora Fátima com a turma de ouvintes. Tudo é bem-vindo para essas crianças”, disse. 

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