A Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizou uma ação nutricional na Escola Dom Helder Câmara, localizada no bairro do Feitosa, através do Programa Saúde na Escola (PSE), que tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde. O enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino também estão inseridas no contexto dessa iniciativa.

Durante a ação foram realizadas aulas interativas com as crianças com nutricionistas da Semed dialogando e apresentando diversos alimentos bons e ruins para a saúde, explicando quais deveriam ser consumidos com cuidado, quais deveriam ser evitados e quais eram liberados para as crianças se esbaldarem.

O nutricionista da Semed, Marcos Sampaio, falou sobre a forma lúdica que trouxe para explicar para as crianças a importância de buscar uma alimentação saudável.

“Do final do século passado para os dias atuais, pesquisas apontam que houve um alto consumo de alimentos industrializados e um grande apelo da mídia, através de propagandas induzindo as crianças a comprarem cada vez mais esses alimentos. Devido a isso, estamos fazendo esse trabalho educacional com o intuito de inverter essa situação. Queria agradecer aos nossos queridos estagiários que desenvolveram junto com a equipe de nutricionistas essa forma lúdica de passar essas informações para as crianças” disse o nutricionista.

Nutricionista Marcos Sampaio na aula interativa com os alunos. Fotos: Arthur Vieira / Ascom Semed

Também foi realizada a pesagem e a medição das crianças, que após registrado, esses dados passarão por um balanço para saber se algum dos alunos se encontra em estado nutricional adverso ao recomendado. Esse momento da ação faz parte da antropometria, que pode através do estudo das medidas do corpo humano, realizar a prevenção e identificação de riscos e possíveis alterações do estado nutricional, direcionando a intervenção do profissional.

A nutricionista da Semed, Aline Andrade, explica a importância de levar essa ação para as crianças e como através dessas visitas muitas doenças podem ser prevenidas.

“Através do PSE, a parceria entre saúde e educação busca levar saúde para a escola, promovendo saúde, prevenindo doenças e dando atenção de forma integral para os alunos da rede. Através da antropometria nós avaliamos se o estudante corre algum risco nutricional, e caso identifiquemos algum risco nutricional nos alunos, encaminhamos para a unidade de referência para o devido acompanhamento”, disse a nutricionista Aline Andrade.

Nutricionista da Semed, Aline Andrade medindo os alunos e realizando a pesagem. Fotos: Arthur Vieira / Ascom Semed

“As crianças são agentes multiplicadoras e nós temos a certeza que elas levarão esse conhecimento para dentro de suas casas, ajudando também aos pais a mudarem sua alimentação, buscando assim uma vida mais saudável”, completou a nutricionista.

Para além das ações educativas, os alunos também participaram de um teste de aceitabilidade com bolos de arroz e banana, produzidos por pequenos agricultores sem aditivos, açucares ou sódio. O teste de aceitabilidade é feito quando novos produtos chegam para fazer parte da alimentação escolar dos alunos. As crianças provam as receitas e avaliam através de caixinhas que vão do “Odiei” até o “Amei”, para que o novo alimento entre no cardápio escolar, ele precisa ter 85% de aprovação dos alunos, como explica a nutricionista da Semed, Sueli Mota.

Alunos provando os bolos - e urnas para a votação dos alunos. Foto: Arthur Vieira / Ascom Semed

“Esse trabalho faz parte do plano anual do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), nós realizamos esse teste para avaliar receitas já presentes e novas receitas, como é o caso desses bolos que foram feitos pelas mãos das boleiras que fazem parte de cooperativas da agricultura familiar”, disse a nutricionista.

“As crianças puderam provar dois tipos de bolos, um de banana sem açúcar, sem lactose pensando nas crianças que possuem alergias e intolerância à lactose. É desafiador para as crianças provarem alimentos que não são industrializados e diferentes, mas elas aceitaram muito bem e aprovaram os dois sabores”, disse Sueli Mota.

O público beneficiário do PSE são os estudantes da Educação Básica, gestores e profissionais de educação e saúde, comunidade escolar e, de forma mais amplificada, estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI).