Educação prepara novos prédios para receber escolas afetadas pela mineração

Após longo período marcado por desalojamento e pandemia, estudantes poderão voltar às salas de aula com estrutura de ponta e mobília renovada

Luan Oliveira (estagiário)/Ascom Semed 30/04/2022 às 08:00
Educação prepara novos prédios para receber escolas afetadas pela mineração
Novo CMEI Luiz Calheiros, no Ouro Preto, está em etapa de ajustes. Foto: Luan Oliveira(estagiário)/Ascom Semed

Os estudantes dos bairros impactados pelo afundamento do solo, causado pela mineração, finalmente começam a voltar às salas de aula após a Secretaria Municipal de Educação (Semed) providenciar a transferência do prédio de três escolas da região. As unidades Major Bonifácio, Braga Neto e Luiz Calheiros terão novos endereços, com estrutura de ponta e mobiliário renovado para recepcionar os estudantes.

Os novos endereços ficam no Ouro Preto, no caso do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Luiz Calheiros Junior, que ficava no Pinheiro; na Gruta de Lourdes irá funcionar a Escola Municipal Major Bonifácio Calheiros, que ficava em Bebedouro e, no Tabuleiro dos Martins, ficará o CMEI Vereador Braga Neto, também transferido do Bebedouro.

O secretário de Educação de Maceió, Rogério Lima, sublinhou a importância da mudança para as famílias afetadas. “A perda causada pelo afundamento do solo nesses bairros é incalculável, e a escola é uma parte importante da vida de uma criança. É sua segunda casa. Para esses alunos, duas casas se foram. Estamos agora garantindo que eles tenham esse espaço e esse direito à educação de volta”, destaca.

A transferência se deu por meio de compra ou aluguel dos novos prédios. Além dos afetados pela mineração, a Escola Municipal Maria de Fátima Lira, do Benedito Bentes, terá um novo espaço, dada as condições em que se encontrava o prédio atual. A escola deve permanecer no mesmo bairro.

A comunidade escolar aguarda a transferência dos prédios, após mais de um ano sem dar aulas devido pandemia e a subsidência do solo nos bairros afetados pela mineração de sal-gema. A diretora do CMEI Luiz Calheiros, Rita de Cássia Melo, diz que o novo prédio trouxe um alívio para os pais.

“As crianças estão há muito tempo nessa espera, ali não tem mais creches e os pais estão super ansiosos. A gente não vê a hora de ir para o novo prédio. Vamos ter um novo administrativo para atender os pais em um primeiro momento e, em algumas semanas, esperamos retomar as aulas presencialmente", conta a diretora.

A diretora da Escola Major Bonifácio, Genilda dos Santos, compartilha também grandes expectativas quanto à realocação. “Estamos desde março de 2020 sem aulas presenciais, e em junho fomos obrigados a deixar o prédio por causa da situação do solo”, relembra. “Para nós, é só alegria esse prédio novo. Estamos no aguardo das adequações da engenharia para receber nossa comunidade e ter nossas crianças de volta”, enfatiza.

A importância da experiência em sala de aula é destacada pela diretora ao falar sobre a relevância do retorno. “Quando ligam para a gente, quando os professores conversam conosco, fica nítido a ansiedade de todos. Esse retorno é preciso, e estamos na torcida para ainda, em maio, estarmos funcionando de forma presencial”, diz a diretora.

Recomeço

Além dos prédios dos bairros afetados pela subsidência do solo, a Semed vem providenciando a mudança de outras escolas da rede que contavam com prédios inadequados para a realização das atividades pedagógicas. É o caso das escolas municipais Benedita da Silva Santos e Maria de Fátima Lira, no Benedito Bentes, Nossa Senhora Aparecida e Pio X, no Prado, além da Zilka de Oliveira Graça, no Petrópolis.

A medida beneficiará cerca de dois mil estudantes dessas unidades, que agora terão uma experiência mais prazerosa e proveitosa de aprendizado com uma estrutura adequada e confortável.

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