Material acumulado apresentava risco para integridade física dos estudantes, além de riscos para a saúde; também foram entregues eletroeletrônicos e EPIs

Como parte das preparações para a volta às aulas, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) vem realizando o serviço de coleta de bens inservíveis nas escolas da rede municipal de educação. Os materiais acumulados, muitas vezes antigos ou quebrados, poderiam apresentar risco direto ou indireto para a comunidade escolar no cotidiano. Além das coletas, a secretaria também vem levando novos equipamentos eletroeletrônicos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para as instituições.

O problema dos bens inservíveis nas escolas é uma demanda antiga das direções escolares, como explica o secretário de Educação, Elder Maia. “Esse acúmulo comprometia muito a saúde e a qualidade de vida no espaço educacional. É uma ação muito simples, mas que somente foi executada agora e que afligia demais as nossas diretoras”, conta o gestor.

De acordo com Augusto Rocha, diretor de gestão administrativa da Semed, várias escolas oficiaram a secretaria cobrando a retirada dos materiais antes da volta às aulas, pleito que foi atendido prontamente pela gestão. “Não tem só a questão estética, mas também riscos como crianças se cortarem, ratos e animais peçonhentos que podem se esconder nesses acúmulos”, detalha.

A operação de retirar os bens se iniciou no mês passado e ocorre diariamente, com a meta de atender todas as escolas até o dia 23 de agosto, quando os estudantes voltam para as salas de aula. “Criamos também uma comissão, para que possa se fazer um levantamento de quantos bens retiramos, quais, se estavam de fato inutilizados ou se podem ser consertados. O objetivo é ter um controle maior do processo”, conta Augusto.

Eletroeletrônicos antigos e quebrados, cadeiras e mesas comprometidas e armários velhos foram alguns dos itens que foram removidos das escolas, que muitas vezes comprometiam espaços inteiros para guardá-los. Na Escola Municipal Maria de Lourdes de Melo Pimentel, que fica na Cidade Universitária, por exemplo, uma parte da horta era usada para guardar cadeiras, ventiladores e mobília antiga, e agora poderá voltar a ser usado pelas crianças.

Diretora da Maria de Lourdes, Sandra dos Santos Oliveira diz que a coleta melhorou muito o espaço da escola. “Já é um sonho nosso de muitos anos fazer uma horta, e esses bens inservíveis estavam aqui há muito tempo nos impedindo de usar esse espaço. Estamos muito felizes e já vamos começar a organizar a área para ser usada. Também foi feito o serviço de coleta em um pátio que, agora, vai se tornar parte do refeitório para que as crianças tenham mais espaço para se alimentarem”, relata.

Novas entregas

Saem os bens inservíveis, e entram novos equipamentos e EPIs nas escolas da rede municipal. Foram novos ventiladores, televisões, computadores, estantes e outros materiais para as escolas, que retornarão às aulas com mobília nova. Para garantir a adequada aplicação dos protocolos sanitários, também foram entregues tapetes sanitizantes, escudos faciais e totens para higienização das mãos.

O principal material entregue serve tanto para a qualidade de vida quanto para a saúde: ventiladores. Com o cenário pandêmico, os equipamentos devem ajudar a arejar as salas de aula e garantir a segurança dos estudantes. “As escolas estavam realmente carentes de eletroeletrônicos, eram equipamentos bem velhos, ou não tinham, por muito tempo. Criamos uma força tarefa para atingir todas as mais de cem escolas, e estamos perto de cobrir todas”, detalha.

Por meio de ofícios, as escolas elencaram para a Semed os equipamentos que estavam em falta. Segundo Augusto, o que estava disponível no almoxarifado foi enviado prontamente e, o que não, está sendo adquirido pela pasta.

Os kits de EPIs foram entregues já no começo do ano, com oxímetro, termômetro infravermelho, tapetes sanitários e máscaras. Agora, os estoques estão sendo reforçados, inclusive com os totens de álcool em gel para a entrada do ambiente escolar. “Vamos dar reforços pontuais, novamente, nas escolas, antes da volta às aulas, especialmente naquelas que já utilizaram muito do que foi entregue antes”, conta Augusto Rocha.

Luan Oliveira (Estagiário) / Ascom Semed