Nesta sexta-feira (29), a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Ministério Público do Trabalho de Alagoas (MPT-AL), anunciaram o retorno do projeto Resgate a Infância, no auditório da Escola Nosso Lar I, no Vergel do Lago. A iniciativa vem sendo executada no Município desde 2018 e busca conscientizar os alunos da rede municipal de Educação sobre a importância do combate ao trabalho infantil por meio de expressões artísticas que concorrem a prêmios.

Secretária-adjunta de gestão educacional, Emília Caldas, cumprimenta o o procurador chefe do MPT em Alagoas, Rafael Gazzaneo. Fotos: Julita Bittencourt/Ascom Semed

Marcaram presença no evento a professora e secretária-adjunta de gestão educacional, Emília Caldas, o procurador chefe do Ministério Público do Trabalho em Alagoas, Rafael Gazzaneo, a procuradora do MPT-AL e coordenadora regional da coordinfância, Cláudia de Mendonça, além do coordenador geral de Centros e Núcleos da Semed, Ademir da Silva e a coordenadora do Centro de Atenção Integrada à Criança e ao Adolescente, Ticyane de Araújo. 

O projeto retoma à rede municipal juntamente com as aulas presenciais. De suma importância, o Resgate a Infância, que faz parte do MPT na Escola, além de premiar os melhores trabalhos, busca tornar os alunos protagonistas e defensores de seus direitos, principalmente, o do não ao trabalho. 

Os estudantes do 4º e 5° anos devem produzir contos, poemas, músicas, e desenhos, voltados para o trabalho infantil. Já os alunos do  6° e 7° anos devem se expressar artisticamente nas mesmas categorias sobre profissionalização e aprendizagem do adolescente. 

Cada escola participante recebe capacitação e kits sobre trabalho infantil e profissionalização e aprendizagem do adolescente para que os educadores se embasem e orientem seus alunos nas produções artísticas. 

As premiações ocorrem em três etapas: municipal, regional e nacional. Uma comissão da Semed irá selecionar os melhores trabalhos de cada escola participante e enviará para o MPT-AL. Por sua vez, o órgão ministerial irá avaliar e premiar os três melhores na fase estadual e irão disputar a fase nacional. Alunos, professor e coordenador pedagógico serão premiados na fase estadual.

Tânia Frazão falou de como foi importante o projeto para a escola Pedro Suruagy, do Tabuleiro dos Martins. Fotos: Julita Bittencourt/Ascom Semed

Como forma de incentivar os educadores presentes, que irão se inscrever no projeto, foram apresentadas algumas produções exitosas. A exemplo da música “direito da criança” produzida por estudantes dos 4º e 5º anos da Escola Municipal Pedro Suruagy, localizada na Feirinha do Tabuleiro dos Martins. O trabalho garantiu o segundo lugar na categoria música, na premiação nacional em Brasília, no ano de 2019. 

A professora e vice diretora da escola, Tânia Frazão, destacou a importância dessa produção para o combate ao trabalho infantil.

“A maioria dos nossos alunos ajudam os pais nessa questão do prover o alimento para dentro de casa, então pra a gente é realmente muito bom participar desse projeto, porque a gente tenta passar esse combate ao trabalho infantil de maneira muito acolhedora para os nossos alunos, disse a educadora.

Emília Caldas destacou o teor lúdico do projeto. Fotos: Julita Bittencourt/Ascom Semed

A secretária-adjunta de Educação garantiu que projetos como esse conscientizam as crianças sobre seus direitos através das artes.

“ A nossa função como Educação é buscar estratégias escolares que ocupem essas crianças e que não as privem de suas infâncias. Assim como conscientizar as famílias, também é um papel nosso. E o Resgate a Infância trabalha de forma lúdica, valorizando as ações, por meio da literatura, expressão artística, para que as crianças possam entender o que é trabalho infantil e defender para que isso nao aconteça, levando para suas familias, comunidades e sociedade de forma educativa”, destacou Emília Caldas. 

Procuradora do Trabalho, Cláudia Mendonça, falou mais sobre o Resgate a Infãncia. Fotos: Julita Bittencourt/Ascom Semed

A procuradora do Trabalho e responsável pelo projeto, Cláudia Mendonça, convidou as escolas a aderirem à iniciativa para juntos quebrarem os estigmas do trabalho infantil.

"Abracem essa causa e se envolvam junto ao Ministério do Trabalho, porque é importante esse poder de sensibilização dentro da escola, da família, da comunidade e a gente sabe que é um trabalho de formiga. Estamos aqui plantando uma semente para ajudar a desconstruir essas barreiras culturais, que aqui em Alagoas ainda é muito forte, achar que trabalhar desde pequeno é normal”, enfatizou a procuradora Cláudia Mendonça.