Diretores escolares falam sobre desafios e conquistas na rede pública de ensino de Maceió

Profissional é responsável por administrar a escola, garantindo o funcionamento de forma harmoniosa

Jamerson Soares (estagiário)/Ascom Semed 12/11/2022 às 09:30
Diretores escolares falam sobre desafios e conquistas na rede pública de ensino de Maceió
Diretora escolar Ana Lúcia Duarte, da Escola Municipal José Clemente, localizada no Benedito Bentes. Foto: Hilderlan Oliveira/Ascom Semed

O Dia do Diretor Escolar é celebrado neste sábado (12) em todo o Brasil, especialmente, na rede pública de ensino de Maceió. É ele o profissional responsável por gerir a escola nos âmbitos administrativos e pedagógicos, garantindo o seu funcionamento de forma harmoniosa com um bom ambiente para os professores, estudantes e demais servidores das unidades escolares.

Os mais de 144 diretores e vice-diretores das creches e escolas municipais celebram este dia como uma forma de ecoar suas vozes e reafirmar o compromisso com a Educação de Maceió. Além do diretor há também uma equipe técnica e pedagógica que compõe a comunidade escolar e a direção como um todo, a exemplo dos vice-diretores e coordenadores pedagógicos.

Uma das servidoras que exercem a função de diretora escolar é a Ana Lúcia Duarte, que há três anos trabalha na Escola Municipal Clemente Rocha, localizada no Benedito Bentes. Ela contou como era exercer a função na unidade de ensino e os desafios enfrentados no cotidiano escolar.

Para a profissional, a escola não funciona apenas com o aluno e professor, mas também necessita da movimentação dos funcionários dos serviços gerais, das merendeiras, dos profissionais da portaria e o secretariado. 

“Existe uma organização por trás disso tudo para que tudo ocorra como tudo tem que acontecer. Tem problemas, mas nem por isso o trabalho deixa de ser feito. Nossos professores têm se esforçado, toda a equipe no geral tem se estimulado para que o trabalho seja desenvolvido da melhor forma”, afirmou a diretora.

Ela também disse que o trabalho de gestão requer disciplina, diálogo e respeito. “Temos que liderar dialogando e ao mesmo tempo liberando para que as atividades sejam feitas da melhor forma. Aluno entra, aluno sai, planejamentos, execuções, prestação de contas, lista de compras, tudo para o bom funcionamento da escola”, ressaltou.

Respeito, democracia e união

Para as escolas funcionarem de forma harmoniosa, segundo os diretores que falaram com a reportagem, a gestão deve priorizar elementos que sustentem o equilíbrio das instituições, como a democracia, o respeito e a união. 

Democracia, pelo fato de ouvir e compreender as solicitações da comunidade escolar, tendo como base também a participação dos integrantes da escola. Respeito, porque sem entender o espaço e o limite do outro não há confiança nem boa convivência. E união para solucionar as demandas da melhor forma e conquistar avanços.

Diretora da creche Luiz Calheiros, do Ouro Preto, Rita de Cássia. Foto: Karla Lima/Ascom Semed
Diretora da creche Luiz Calheiros, do Ouro Preto, Rita de Cássia. Foto: Karla Lima/Ascom Semed

Para a diretora da Creche Municipal Luiz Calheiros, localizada no Ouro Preto, a gestão escolar é composta por vários fatores, entre eles está a democracia e o olhar carinhoso.

“O diretor faz parte de uma comunidade que requer atenção, requer liberdade de expressão, que requer muitas orientações em conjunto. Temos que estar juntos para decidirmos o melhor para nossas escolas, nossos Cmeis, dar voz a essas crianças. Temos que estar à frente de uma comunidade que tem muitos conflitos, e saber olhar com carinho, intervir na hora certa e trabalhar para que esses conflitos sejam solucionados”, afirmou a diretora escolar Rita de Cássia.

Diretora Carmen Lúcia e a vice-diretora da creche José Matiton Vitor da Silva, no Benedito Bentes. Foto: Hilderlan Oliveira/Ascom Semed
Diretora Carmen Lúcia e a vice-diretora da creche José Matiton Vitor da Silva, no Benedito Bentes. Foto: Hilderlan Oliveira/Ascom Semed

Carmen Lúcia de Souza é diretora há seis anos da Creche Municipal José Maditton Vitor da Silva, no Benedito Bentes.

“Eu me sinto realizada e feliz porque faço o que eu gosto. Os desafios são muitos. Às vezes, a gente tem que respirar fundo e seguir. A gente costuma dizer que apagamos um incêndio por dia, vários focos de incêndio. Mas é manter a calma, respeitar o espaço do outro, porque não é só o que eu quero, tem que ter união. Temos problemas, mas a gente se apoia um no outro e procura solucionar tudo da melhor forma possível. A palavra-chave é respeito”, enfatizou.

Ela acredita que ser diretor escolar é ir além de lidar com atividades burocráticas e sentar no birô. É estar envolvido em tudo que funciona na escola.

“Senão ela não funciona. A gente faz tudo para ter um trabalho democrático, mas também tem que ter o comando de tudo”, contou Carmen, que também revelou que se sente realizada com o que faz na unidade.

Vice-diretora da escola Luiza Suruagy, no Ouro Preto, Isabel Rejane. Foto: Karla Lima/Ascom Semed
Vice-diretora da escola Luiza Suruagy, no Ouro Preto, Isabel Rejane. Foto: Karla Lima/Ascom Semed

A vice-diretora da Escola Luiza Suruagy, localizada no Ouro Preto, Isabel Rejane, afirmou que entende o diretor escolar como a pessoa que agrega todos em volta da unidade. 

“É ele quem agrega o trabalho pedagógico, que tem a responsabilidade de fazer com que a escola funcione. Ele também é responsável pelo uso do recurso público, de toda a estrutura da escola, com o auxílio da organização administrativa e pedagógica, serviços sociais e psicólogos”, frisou.

Ela concluiu afirmando também que sem harmonia no trabalho, não há uma aprendizagem tranquila.

“Um trabalho harmonioso garante uma aprendizagem tranquila, estabelecendo metas e objetivos específicos. É a nossa função é agregar esse trabalho”, explicou.

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