As creches e escolas municipais já estão implementando nos corredores e salas de aula os preparativos para os festejos juninos com a decoração de bandeirinhas, comidas e danças típicas com a animação sendo realizada ao som do forró. Os trabalhos contam com a participação dos estudantes que ainda têm tempo para participar dos ensaios de quadrilhas matutas.

O estudo da cultura junina no Nordeste tem despertado o interesse e a inclusão dos estudantes. No Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Sonia Cavalcanti, no Bom Parto, os pequenos se animaram com brincadeiras juninas e vestiram de personagens do Bumba Meu Boi. A ação ocorreu nesta sexta-feira (10) com muito forró e interação.

Crianças da creche Sônia Cavalcanti, no Bom Parto, participaram de festa junina nesta sexta-feira (10). Foto: cortesia

Já na creche Professora Kyra Maria Barros Paes, localizada no Clima Bom, as crianças participaram de atividades práticas, como construção de sanfonas e participação em danças tradicionais do Nordeste, como a quadrilha. A creche atende em torno de 160 crianças, de dois a três anos.

Atividades como pescaria, confecção de objetos juninos e danças foram realizadas no CMEI Kyra Maria Barros Paes, localizada no Clima Bom. Foto: cortesia

Para a coordenadora pedagógica da unidade, Alba Ferro, essas ações incentivam a criação do universo cultural das crianças. "Toda semana eles conhecem uma nova dança com músicas e convidamos até artistas. Fizemos brincadeiras típicas, pescaria, toda uma cultura para a criança conhecer. A criança precisa conhecer desde cedo para ela formar um universo cultural dela, e a escola tem esse papel fundamental de promover e potencializar essas questões", informou.

Crianças da creche Fúlvia Rosemberg realizam confecção de bandeirinhas e balões de São João. Foto: cortesia

As crianças da creche Fúlvia Rosemberg, na Cidade Universitária, utilizaram materiais recicláveis, como papelão, para criar bandeirinhas, balões e painéis com decoração junina.

"É uma tradição. Faz parte do cmei trabalhar com materiais recicláveis. Na festa junina, a gente explora ainda mais esse potencial das crianças. A gente faz com papelão, resto de chita (tecido), retalhos, eles escolhem como querem colar os objetos e dão essa harmonia de pensamentos nas artes", explicou a coordenadora da unidade, Rozana Melo.

Jaqueline Rodrigues Araújo é educadora de referência da creche. Ela destacou que as atividades são pensadas para proporcionar uma valorização e resgate da nossa cultura.

"No mês de junho, os festejos juninos no CMEI fazem parte da nossa história. As propostas são pensadas para a aprendizagem sobre a cultura nordestina. As festas juninas são de suma importância para as crianças e suas famílias", contou a educadora.

Quadrilhas juninas também estão sendo criadas pelos próprios alunos da Escola Municipal Paulo Bandeira. Uma cidade cenográfica foi doada para os estudantes do Ensino Fundamental, com a ajuda dos pais, para realizarem uma gincana, que acontecerá na terça-feira (14).

Segundo a diretora da escola, Cristiane Costa, todos estão ansiosos e animados para as apresentações.

"Eles ensaiam todos os dias, dançam quadrilha. Conseguimos ajuda dos pais, que também sempre colaboram. As músicas do cantor Luiz Gonzaga serão utilizadas como temas da trilha sonora da quadrilha. A gente precisa preservar a cultura nordestina. É muito gratificante ouvir os alunos cantando nos corredores, dá mais ânimo", afirmou a diretora.

Estudantes da EJAI da escola Dom Antônio Brandão, no Tabuleiro do Martins, também ajudam a confeccionar objetos juninos. Foto: cortesia

Na Escola Lindolfo Collor, localizada na Ponta Grossa, os estudantes de 15 a 60 anos, da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI), também têm se empenhado para aprender sobre a identidade cultural, a culinária junina, entre outras coisas. Além disso, os alunos também ajudam na confecção de bandeiras e estandartes juninos.

"A valorização dos alunos, da necessidade deles estudarem, uma valorização de forma geral, o aluno ele por si só ele não é motivado, ele precisa ser motivado. É uma atividade lúdica. Que ele seja pertencente ao meio. Tudo gira em torno do aluno e o seu interesse. A gente valoriza muito a inclusão", relatou a coordenadora da EJAI da escola, Simone Simões.

Assim como a Lindolfo Collor, os estudantes das escolas Dom Helder Câmara, no Feitosa e Dom Antônio Brandão, no Tabuleiro do Martins, se mobilizaram para decorar as unidades com adereços juninos e improvisaram quadrilhas. Argolas, pescaria, receitas juninas, entre outras ações têm sido realizadas nessas unidades.