Aplicativo Aprender a Proteger, parceria da Semed e MP/AL, vence Prêmio de Excelência
APP busca mobilizar sociedade para a proteção das crianças e adolescentes contra a violência sexual
Nessa terça-feira (12), a consultora da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Rita Ippolito, e o promotor de Justiça Cláudio Malta receberam o 1º lugar no Prêmio de Excelência em Gestão de Projetos da área fim, concedido pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL), pela criação do aplicativo “Aprender a proteger”.
O prêmio reconhece anualmente projetos estratégicos de sucesso, bem como os melhores gerentes das equipes envolvidas nas iniciativas. As ações premiadas foram coordenadas tanto por promotores de Justiça quanto por servidores do Ministério Público.
“Este prêmio é uma importante conquista, não apenas pelo reconhecimento do trabalho realizado, mas também pela relevância social da iniciativa, que busca sensibilizar e mobilizar a sociedade para a proteção das crianças e adolescentes contra a violência sexual. Estamos muito felizes pela premiação”, contou Rita, idealizadora do APP, juntamente com Cláudio Malta.
O aplicativo premiado foi desenvolvido no MP/AL, com o apoio das equipes de Tecnologia da Informação (TI) e Comunicação do Ministério Público. O app é uma parceria interinstitucional entre o MP/AL, Semed, Secretaria de Estado da Educação (Seduc), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), conselho Estadual de Educação e União Nacional dos Conselhos Municipais da Educação (UNCME).
Para Rita, esse projeto é fundamental na luta contra a exploração e o abuso sexual infantil, fenômenos que vêm aumentando e afetando crianças cada vez mais novas. O aplicativo surgiu a partir de um trabalho desenvolvido nas escolas, que revelou as dificuldades enfrentadas por educadores, conselhos tutelares e outras instituições da rede de proteção para lidar com a violência contra crianças e adolescentes.
O aplicativo foi criado com o objetivo de simplificar o processo de aprendizagem e oferecer uma formação contínua aos profissionais, destacando os passos a serem seguidos no atendimento a crianças vítimas de abuso, além de orientar sobre como estabelecer uma relação de apoio com essas crianças.
Além disso, também se propõe a capacitar um número maior de professores sobre o tema e mobilizar a sociedade para que o silêncio sobre a violência contra crianças e adolescentes seja quebrado. “A ideia é sensibilizar todos para a importância de conversar com as crianças e ajudá-las a entender o que pode ocorrer com elas, ensinando-as a dizer não e a buscar apoio”, relatou Rita.
Outro ponto importante do projeto é a notificação dos casos de abuso, com o objetivo de interromper o ciclo de violência e abrir investigações profundas, sempre com a sensibilidade necessária para lidar com as vítimas. O apoio psicológico à criança e à sua família também é uma prioridade, garantindo um acompanhamento integral.
O Ministério Público desempenha um papel crucial nesse processo, recebendo e analisando as denúncias, além de investigar as condições que favorecem o desenvolvimento do crime sexual. O objetivo é entender melhor as causas e contextos do abuso, com uma abordagem mais próxima e sensível ao tema.
Com o aplicativo, as escolas também são incentivadas a desenvolver planos de ação para o enfrentamento da violência sexual, tanto no âmbito social quanto familiar e institucional, criando um ambiente de proteção que vá além do acolhimento, mas também do desenvolvimento integral da criança. O aplicativo inspira a sociedade a ficar mais atenta às demandas das crianças, observando sinais como comportamentos, dificuldades ou tristeza que possam indicar situações de abuso.
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