Tia Aldina coleciona apresentação para os estudantes e já atua na Escola Nise da Silveira há 12 anos

A biblioteca da Escola Municipal Nise da Silveira, localizada no Antares, parte alta de Maceió, tornou-se o ambiente das histórias cantadas pela musicista Aldina Almeida, de 68 anos. Através da música, a Tia Aldina, com o inseparável piano, encontrou um jeito divertido de fazer com que cerca de 150 alunos, dos 1° a 3° ano, reflitam sobre as narrativas.

A musicista, que está na Rede Municipal há 14 anos, conta que a ideia de inserir a música na educação dos pequenos surgiu há pouco mais de três anos. “Apesar de gostar tanto de livros, eu achava que faltava algo. Como sempre fui contadora de histórias, então comecei a narrar histórias para eles cantando, porque quando trabalhamos com música nós ativamos nosso cérebro”, disse.

Aldina Almeida é licenciada em música pela Ufal desde 1992, quando se formou na primeira turma do curso e pós-graduada em Educação Musical. A paixão pela música é de família, como ela explica. “Minha mãe era musicista e foi minha primeira professora. Ela sempre incentivou a mim e minha irmã a escrever livros e cantar”, disse.

Antes de cantar histórias para os alunos, a musicista, que está na Escola Municipal Nise da Silveira há 12 anos, já ensaiou banda e o coral formado por estudantes. No último mês, a professora tem trabalhado com as crianças a história infantil de “Malala, a menina que queria ir para escola”, que conta a trajetória de uma jovem paquistanesa, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz.

No pátio da escola, os alunos se reuniram para uma apresentação especial da Tia Aldina com algumas canções inspiradas no livro trabalhado em sala. Anthony, de 7 anos, estuda no 2° ano e sempre é participativo com uma voz encantadora. “Eu aprendo mais quando a tia canta e gosto muito das historinhas”, disse o pequeno.

A artista relata que a música potencializa o aprendizado dos alunos, tornando mais fácil a fixação e reflexão das histórias. “Os dados da música sempre permanecem na mente. Se você ler para a criança, ela pode aprender, mas se cantar, ela vai levar para o resto da vida, porque a música traz recordações da vivência. A música é muito rica”, salientou Aldina.

Julita Bittencourt (estagiária) / Ascom Semed