Amarração de turbantes encanta público no estande da Semed

Proposta proporciona às crianças e ao público em geral o contato com elementos da cultura afro-brasileira

Janaína Farias/Ascom Semed 06/11/2025 às 10:24
Amarração de turbantes encanta público no estande da Semed
Oficina de amarração de turbante. Foto: Janaína Farias/Ascom Semed

O turbante carrega identidade, estilo e elegância e traz significados de ancestralidade. O acessório que está fazendo literalmente a cabeça dos estudantes da rede municipal de educação e do público em geral, nas visitas ao estande da Secretaria Municipal de Maceió(Semed), na 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, é símbolo de resistência e representatividade da raça negra.

Uma oficina de amarração de turbantes, conduzida pela afroempreendedora Tereza Olegário, da Olegário Turbantes, une arte, ancestralidade e valorização da identidade negra em cada amarração e atrai o mais variado público.

“Além de expor meus produtos aqui na Bienal, estou participando de oficinas de turbante. Fui convidada pela prefeitura para realizar amarrações nas crianças e também em quem tem interesse em aprender como amarrar um turbante”, contou.

Para ela, esse momento é muito importante por fazer parte de um evento alusivo ao movimento negro e a cultura africana, onde os turbantes fazem parte desse espaço. Segundo ela o objetivo é fazer com que as pessoas se aceitam mais.

“Trago um pouco das arrumações e um pouco dos tecidos africanos embelezando essas cabeças. O objetivo é fazer com que as pessoas se aceitem mais, aceitem o tipo de cabelos, aceitem se amar e valorizar a nossa cor da pele, se sentir uma mulher preta e um homem preto”, destaca.

A empreendedora fala que o turbante vai muito além de um pedaço de tecido. “Ele é identidade, é luta contra o racismo e a intolerância religiosa. Mais do que um acessório estético, são uma expressão cultural e espiritual ligada à história do povo negro e às religiões de matriz africana”, completou.

As oficinas sobre como fazer as amarrações de turbantes ocorrem até domingo, a partir das 14h, com vagas limitadas e prioridade para os alunos da rede municipal de ensino.

As visitantes Jéssica Leite Andrade, de 32 anos, e Kalini Duarte, de 24, participaram da oficina e compartilharam suas experiências.

“Tenho cabelo cacheado e já passei por transição. Como não sabia cuidar do meu cabelo sempre usei ele preso. Sempre tive vontade de colocar um turbante, porque acredito que tem muito a ver com a nossa ancestralidade e com a nossa cultura. Eu queria me ver assim utilizando. Achei muito legal a iniciativa”, afirmou Jéssica.

Já Kalini disse que sempre teve curiosidade de como seria feito e, assim como Jéssica, quis ver como ficaria com o turbante.

“Eu amei a experiência. Acho que as pessoas criam muito rótulos. E acho que tudo é pra todos, então a gente precisa quebrar esse estigma que turbante é só pra cabelo cacheado, que não é pra todos, e sim pra todo mundo que tem vontade de fazer, que tem desejo de fazer. Qualquer pessoa que se sente bem e quer usar deve se permitir”, afirmou.

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