A rede pública de ensino de Maceió realizou, nesta quinta-feira (7), a primeira eleição dos grêmios estudantis, após sete anos desativados. O objetivo é estimular a democracia e promover o diálogo contínuo entre estudantes, professores, diretores e coordenadores escolares das unidades, a fim de representar o corpo discente.

As eleições ocorreram em 18 escolas municipais que possuem turmas do 6° ao 9° ano e Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai). Ao todo, 8.640 estudantes participam do processo eleitoral.

Na Escola Municipal Antídio Vieira, localizada no Trapiche da Barra, a votação foi tranquila, organizada e com uma enorme participação dos alunos.

Para o psicólogo escolar da unidade de ensino, Paulo Cézar, que também estava à frente da organização do pleito, os alunos e a comunidade escolar se engajaram na causa. "Muitos estudantes tiveram uma participação muito boa. Vimos a empolgação, a animação, o engajamento, o quanto queriam essa representatividade aqui na escola. Cada chapa organizou sua apresentação de propostas. Tivemos auxiliares de sala também. Essa organização foi feita de forma participativa e colaborativa", contou.

Em cada escola, a votação funcionou semelhante ao que é feito no período eleitoral, no qual todo País é convocado para votar em seus representantes, nos âmbitos federal, estaduais e municipais. A diferença é que, na eleição do grêmio estudantil, a votação ocorre manualmente, através de cédulas.

"Temos propostas principalmente voltadas à estrutura da escola. Vamos tentar ganhar e trazer coisas boas para cá e fazer com que ela seja melhor do que já está agora", destacou uma das representantes da chapa 2, da Escola Antídio Vieira , Ruth Andreani.

A psicóloga da Escola Municipal Kátia Assunção, Ana Márcia Cavalcante, estava coordenando a votação junto à assistente social Natália Ferraz.

Ana Márcia relatou que os alunos vêm se empenhando bastante há meses para que o evento acontecesse de forma pacífica e integradora. "Estar diante de uma situação como essa é bem importante. Um evento como esse mexe com toda a escola, com o alunado e para a gente é importante também saber em que a escola pode melhorar. Ver também o senso de escolha, o envolvimento, a interação entre eles", disse.

Depois de votar em urna montada pela própria comunidade escolar, o estudante Ricardo Roni, 17 anos, contou como foi exercitar seu direito ao voto. "É uma sensação boa votar, porque sei que vou fazer parte de uma escolha que pode mudar uma escola ou até um município. As mínimas coisas e escolhas podem fazer a diferença. Acho que as propostas das duas chapas foram muito boas", revelou.

As próprias unidades escolares vão apurar os votos para divulgação do resultado no mesmo dia do pleito.

Eleição para grêmio estudantil. Fotos: Thony Nunes/Ascom Semed e Cortesia