Agricultoras familiares da aldeia Wassú Cocal, do município de Joaquim Gomes, participaram de uma capacitação prática do preparo da carne de jaca verde com Raquel Vieira, gastrônoma e merendeira formadora da rede municipal de Educação. O momento ocorreu na sede da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Joaquim Gomes e Região (COOPAF), na manhã de quinta-feira (03).

Durante a capacitação, as agricultoras puderam aprimorar junto à merendeira o passo a passo do preparo dessa carne. Todo processo de cozimento da forma, sugestões do que fazer com as partes que não são utilizadas como o caroço e casca e dicas congelamento da carne, para que preserve a qualidade do produto entregue nas escolas.

“Hoje viemos conhecer a cooperativa que vai fornecer a carne de jaca verde, viemos fazer uma capacitação prática com produtoras da aldeia, onde vemos uma terra riquíssima em pés de jaca que eles vão poder pegar e fazer esse beneficiamento produzindo a carne de jaca verde para atender a demanda da rede municipal”, explicou Raquel Vieira.

A utilização da carne de jaca na merenda escolar parte da ideia de excluir a proteína texturizada de soja do cardápio. A fruta insere a agricultura familiar no contexto da alimentação escolar, promovendo o fomento da economia local do qual a COOPAF faz parte por ser uma das cooperativas selecionadas no edital de Chamada Pública da agricultura familiar.

Parte do processo de capacitação prática. Fotos: Daniel Marinho / Ascom Semed

Rafaella Pessoa, coordenadora do Setor de Alimentação e Nutrição Escolar, esteve presente na prática e conta que a proposta do momento foi aprimorar o processo de produção.

“Fomos convidados pela presidente da cooperativa para capacitar o povo da aldeia Wassú Cocal aqui da região a produzir a carne de jaca que foi um dos itens contemplados na chamada pública de 2022/23. Trouxemos a gastrônoma Raquel para que ela tivesse um momento com o pessoal da agricultura para aprimorar o processo de produção da carne de jaca”, explicou a coordenadora.

Joaria Santos, agricultora familiar e membro da cooperativa, participou pela primeira vez da cooperativa e da capacitação movida pelo desejo de cozinhar. “Gosto muito de cozinhar e resolvi participar da capacitação de hoje, gostei muito da experiência e pretendo ficar aqui na cooperativa para aprender cada vez mais. Jaca mole é o que mais a gente tem no sítio e estava se perdendo sem saber o que fazer, e agora sabemos como aproveitar”, contou a indígena.

Outra agricultora presente na capacitação, Yara Oliveira, gostou do momento e contou que vai testar a receita da carne de jaca em casa.

“Para nós que fazemos parte da cooperativa, esse momento é de grande importância para o enriquecimento do aproveitamento das frutas da época, muitas vezes só utilizamos a fruta normalmente e não sabemos da importância dos nosso produtos que são livres de agrotóxicos e é de grande importância para a gente. Foi um momento muito rico”, finalizou.