Seminário discute direitos e diversidade da população LGBTQIA+ em Maceió

Ação ocorreu no auditório do Cesmac, no bairro Farol, e reuniu mais de 200 pessoas

Felipe Pimentel (estagiário)/Ascom Semdes 31/05/2023 às 13:24
Seminário discute direitos e diversidade da população LGBTQIA+ em Maceió
Durante todo o mês de maio, a Prefeitura de Maceió promoveu ações voltadas para a comunidade LGBTQIA+. Foto: Allan César/Secom Maceió

Nesta quarta-feira (31), ocorreu a 5ª Edição do Seminário Maceioense da População LGBTQIA+, no auditório do Cesmac, no bairro Farol, reunindo mais de 200 pessoas. O evento promoveu debates sobre a conquista de diretos e a busca do fortalecimento da cidadania das pessoas LGBTQIA+. 

O seminário também reuniu representantes da coordenação da Diversidade Sexual da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Primeira Infância e Segurança Alimentar (Semdes), do Conselho Municipal de Direitos e Cidadania LGBT (CMDCLGBT) de Maceió, do poder judiciário, da sociedade civil e estudantes, que debateram e trocaram experiências entre sobre a garantia de direitos. 

O coordenador Diversidade Sexual da Semdes, Rafael Gomes, destacou que o seminário faz parte de um caminho para tornar Maceió uma cidade, que cada vez mais respeite a diversidade.  

“É um orgulho para nós, conseguirmos ter esse momento que faz parte um projeto entre a Prefeitura de Maceió e o Conselho de Direito LGBT, pensando em fazer de Maceió uma cidade com respeito, com diversidade e liberdade para todas as pessoas. Nós estamos aqui para lutar por estes direitos”, pontuou o coordenador.  

A psicóloga do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e representante do grupo Mães da Resistência, Edsangela Palmeira, abordou sobre os direitos e os números da violência, que atingem a população LGBTQIA+. Ela ressaltou a necessidade de debater sobre a sociedade lgbtfóbica e machista.  

“Acredito que ter um coletivo de mães que acolhe seus filhos e que luta junto por direitos faz a caminhada dos grupos minorizados se tornar um pouco mais leve. Poder contar com a família no processo de identificação e ocupação de espaço motiva a comunidade LGBTQI+ a buscar por direitos e reconhecimento. Desta forma, o seminário foi uma oportunidade de se informar, discutir propostas, tecer reflexões em uma sociedade lgbtfóbica e machista", frisou a psicóloga. 

A coordenadora e professora do curso de Serviço Social do Cesmac, Marília Santos, disse que realizar o seminário é de suma importância para promover mais conhecimento e cidadania.  

“Sabemos que a sociedade em que vivemos é muito preconceituosa, e por isso precisamos se apegar aos elementos da cidadania e do direito para defender aqueles que mais precisam, mesmo que a gente não pertença aos grupos. É um importante momento para a academia sediar este encontro e discutir temas de problemáticas contemporâneas, o que ajuda também aos nossos alunos a entenderem esse panorama”, revelou a coordenadora.   

Aluna do primeiro período de Serviço Social do Cesmac, Sara Cavalcanti, apontou a necessidade do aprendizado para a garantia dos direitos do público LGBTQIA+.

“Hoje ouvi um depoimento de uma das Mães da Resistência e percebi também o quanto é uma problemática também no seio familiar, pois há toda uma preocupação com a violência contra os LGBTQIA+”, afirmou a estudante.  

Durante todo o mês de maio, a Prefeitura de Maceió promoveu ações voltadas para a comunidade LGBTQIA+, com palestras, exposições e seminários sobre a temática, em atenção ao mês de combate à LGBTfobia, com o objetivo de intensificar direitos, dialogar com a sociedade e desenvolver ações afirmativas contra o preconceito e a intolerância à comunidade.     

“Esse seminário é importante para mostrarmos para a população LGBTQIA+, que eles possuem, sim, direitos, e estamos aqui para isso. Temos um longo caminho ainda para combater a LGBTfobia, somos o segundo país mais avançado do mundo em direito LGBT, mas precisamos que isso seja realmente prático e que funcione no dia a dia”, concluiu o secretário-adjunto da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Carlos Eduardo Acioly. 

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