Elza Martinelle: a história por trás do Prêmio Parentalidade

Redação 04/09/2021 às 08:04
Elza Martinelle: a história por trás do Prêmio Parentalidade

A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) conquistou um feito nacional no cenário de visitações do Programa Primeira Infância Cidadã. Em um total de cerca de 30 mil inscritos, a visitadora do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Bela Vista, Elza Martinelle, foi premiada junto a um grupo de 99 iniciativas por seu trabalho majestoso durante a pandemia. Por sua dinâmica e altruísmo, a profissional recebeu o “Prêmio Parentalidade: boas práticas de visitadores na pandemia”, no valor de R$ 3 mil, por fortalecer vínculos com a família e promover o desenvolvimento infantil.

Durante 15 anos trabalhando como professora da educação infantil na rede privada, a pedagoga Elza Martinelle se redescobriu como profissional depois de começar a trabalhar na Assistência Social. Há dois anos fazendo serviços como visitadora, ela contabilizou mais de 2.300 visitas entre gestantes e crianças. Para ela, ver de perto as necessidades de cada família e buscar soluções para as pessoas em situação de vulnerabilidade social transforma qualquer profissional.

A visitadora Elza Martinelle em seu primeiro ano como visitadora do CRAS Bela Vista. Foto: Arquivo pessoal

Mãe de Anelly de 20 anos e de Levi de seis, Elza não esconde que a maternidade a ajudou no processo de amadurecimento pessoal e profissional. A visitadora explica que a empatia foi adquirida dentro de casa e que o desejo primordial de seu trabalho é proporcionar às crianças a atenção e cuidado que dedica a seus filhos.

“Ser mãe é sinônimo de se colocar no lugar do próximo. O sentimento é de olhar para outra criança e querer o mesmo desenvolvimento que meus filhos conquistaram. É passar ensinamentos pensando no amadurecimento gradual de cada pessoa”, confessa Elza.

Elza e seus filhos Anelly (à esquerda) e Levi (ao centro). Foto: Arquivo pessoal

Em tempos de pandemia, Martinelle se adequou ao estilo de vida da comunidade assistida e, para dar continuidade aos serviços, foi preciso recriar técnicas que promovessem o desenvolvimento infantil de forma híbrida. Devido às questões sanitárias, o contato com as famílias passaram a ser feitos mediante aplicativos de mensagens de texto, áudios e vídeos.

Recompensada por seu trabalho de visitadora com R$ 3 mil, o maior presente para Elza foi ter seu trabalho visto e reconhecido nacionalmente. “Receber o Prêmio Parentalidade foi fantástico! Prêmios como este valorizam o trabalho do profissional visitador e isso serve para nos incentivar a ofertar o melhor dos nossos serviços. No final das contas, o mais gratificante é ver que as famílias estão felizes com o trabalho e demostram preocupação com o desenvolvimento da criança”, enfatiza a visitadora.

Com diferentes abordagens assistenciais, Elza tornou o ato de brincar de muitas famílias em algo prazeroso. Suas técnicas e persistência, mesmo com as dificuldades, transformaram e mudaram a vida de muitas famílias. As dificuldades são grandes, mas isso não impediu que a visitadora quebrasse barreiras e conseguisse dar o incentivo necessário às famílias. Através de materiais reciclados e utilizando conteúdos presentes nas casas visitadas, a visitadora conseguiu driblar todas as dificuldades e entregar atividades inspiradoras para toda a criançada.

“Dentre todas as dificuldades enfrentadas, fazer com que a família entenda a importância de brincar é a principal. O trabalho só terá eficácia se a família continuar com o que ensinamos durante nossas visitas. Nosso trabalho visa auxiliar a criança no seu desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo. Ainda tem a dificuldade de chegar à residência que é, por muitas das vezes, de difícil acesso”, explica Elza.

Realizada e amando o que faz, a profissional ressalta que, com seu trabalho, é nítido o progresso no desenvolvimento da criança, principalmente no aspecto afetivo de comportamento. “O simples fato de ter o suporte dos pais já muda a atenção das crianças. Ao decorrer do percurso, fiz visitas onde a criança tinha dificuldade para andar e, através de algumas atividades, hoje, vemos a criança andando, caminhando e passando segurança aos responsáveis. Me sinto realizada na área profissional e como ser humano”, comemora.

Elza Martinelle (ao centro) com os visitadores do CRAS Bela Vista. Foto: Arquivo pessoal

O prêmio

“O prêmio Parentalidade: boas práticas de visitadores na pandemia” foi concedido pelo Ministério da Cidadania e a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal ao reconhecer as boas práticas de 100 visitadores de todo o Brasil do Programa Primeira Infância Cidadã. No Dia da Infância, celebrado em 24 de agosto, a visitadora apresentou o trabalho que foi premiado e reconhecido em todo o Brasil numa cerimônia realizada pela Prefeitura de Maceió e que contou com a presença do prefeito JHC.

Programa Primeira Infância

O Primeira Infância Cidadã tem o objetivo de apoiar e acompanhar o desenvolvimento infantil integral na primeira infância (crianças de 0 a 6 anos de idade) e facilitar o acesso da gestante, das crianças e de suas famílias às políticas e aos serviços públicos que necessitam. O programa se desenvolve por meio de visitas domiciliares que buscam envolver ações de saúde, educação, assistência social, cultura e direitos humanos às famílias e indivíduos que são acompanhados pelos visitadores, a exemplo, de Elza Martinelle.

Iara Alencar (estagiária) / Ascom Semas

SEMDES

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