Secretarias definem plano para atender emergências provocadas pelas chuvas

Redação 12/05/2021 às 16:57
Secretarias definem plano para atender emergências provocadas pelas chuvas
Representantes da Defesa Civil Municipal e secretários também discutiram ações preventivas
Orientados pela Defesa Civil, gestores informaram como podem agir em situações de emergência / Fotos: Victor Vercant

Secretários municipais de Maceió se reuniram nesta quarta-feira (12) no auditório da Prefeitura, em Jaraguá, para alinhar o planejamento municipal para atender demandas relacionadas ao período chuvoso. Orientados pela Defesa Civil, os gestores informaram como poderão agir em situações de emergência provocadas pela chuva.

De acordo com o diretor social da Defesa Civil, Eugênio Dantas, durante o dia de ontem choveu o acumulado médio de 21 milímetros, o que deixou o órgão em estado de observação, podendo passar para o de atenção, que é o terceiro dos cinco níveis de risco para ocorrências.

Além disso, a média acumulada de chuvas neste mês de maio já é de 134 mm e, se continuar a chover sem períodos mais longos de sol, haverá a saturação do solo e a possibilidade de deslizamento de encostas e desmoronamento de imóveis já ameaçados.

A média acumulada de chuva esperada para maio é de 296 mm. Já no mês de abril, o esperado era de 270mm e o acumulado médio registrou 470, ou seja, mais que o dobro do previsto.

Para evitar desastres e impedir que a chuva faça vítimas em Maceió, as secretarias discutiram estratégias para o atendimento de emergências pelas equipes da Defesa Civil e ações preventivas de outras pastas.

Além de manter servidores nas ruas para monitorar encostas, como a da Ladeira de Fernão Velho, que hoje recebeu atenção especial, o órgão já definiu quanto à interdição de determinados pontos de risco a cada vez que a cidade entrar em estado de alerta, que leva em consideração o volume de chuva registrado na região e outros fatores analisados pelas equipes de monitoramento.

“A Defesa Civil tem o papel de identificar e mapear as áreas de risco na Capital, que são as áreas mais suscetíveis a deslizamento, como as encostas. Além disso, temos que vistoriar edificações e áreas de risco e organizar e promover estratégias de acolhimento da população. De forma planejada, vamos conseguir dar vazão a esse problema”, detalhou Dantas.

Diretor social da Defesa Civil, Eugênio Dantas, detalhou modo de ação do órgão

O diretor social reforçou que o número de telefone 199 é a porta de entrada do cidadão ao Município em caso de emergências e é a partir desse registro inicial que a Defesa Civil faz a logística de atendimento e aciona outras secretarias, para a realização de podas, demolições, acolhimento, segurança, recolhimento de animais, encaminhamento de acamados, entre outros.

Ações já em andamento

Preventivamente, as secretarias de Desenvolvimento Territorial e de Segurança Comunitária e Convívio Social, por exemplo, já estão alinhando as ações de demolição de imóveis ameaçados, sempre precedidas de avaliação minuciosa quanto aos riscos de desmoronamento.

A Secretaria de Assistência Social trabalha no sentido de estruturar junto à Secretaria de Educação as escolas que eventualmente servirão de abrigo para as famílias desalojadas, além de organizar o transporte dessas pessoas. Atualmente, são três escolas municipais disponibilizadas para esse acolhimento.

E a Secretaria de Saúde deverá ofertar treinamento para os servidores da Semas para prevenir a transmissão de covid-19 e identificar casos suspeitos, que serão encaminhados às unidades definidas pela SMS.

O planejamento definido no encontro ainda passará por ajustes, mas já é válido e pode ser colocado em prática caso as chuvas continuem. Os moradores de áreas de risco devem ficar atentos e procurar a Defesa Civil em situações de emergência pelo número 199.