No Dia Mundial das Zoonoses, Maceió alerta sobre políticas de saúde animal
A Secretaria Extraordinária do Bem Estar Animal destaca a importância dos cuidados para preservar a saúde coletiva
Nesta quinta-feira, 6 de julho, comemora-se o Dia Mundial das Zoonoses, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para intensificação das ações de prevenção e combate às doenças que são transmitidas de animais para as pessoas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 200 tipos de zoonoses identificadas e pelo menos 75% das doenças infecciosas emergentes do ser humano, como HIV, Ebola e as gripes, têm origem animal.
Segundo o Ministério da Saúde, as zoonoses podem ser transmitidas por mordidas e arranhões, contaminação de alimentos e água, e durante o abate, além do contato com fezes e carcaças de animais. Em todo o mundo, as zoonoses representam 62% da lista de Doenças de Notificação Compulsória.
Em Maceió, a Secretaria Extraordinária de Bem-Estar Animal promove um série de ações de prevenção à transmissão de zoonoses, incluindo a implementação de políticas de saúde animal, como campanhas permanentes de vacinação antirrábica e castração. O secretário extraordinário de Bem-Estar Animal, Gabriel Gomes, disse que o cenário brasileiro é de fragmentação das políticas básicas sobre as questões animais nos centros urbanos. Por isso, ele resolveu pautar sua gestão à frente da pasta com foco na prevenção das doenças transmitidas pelos animais.
"Trabalhamos seriamente as medidas que asseguram o bem-estar dos animais e das pessoas, porque isso caminha lado a lado", explicou, afirmando que a preocupação não pode ser apenas com o risco de transmissão da raiva, mas de muitas outras zoonoses às quais a população está exposta.
Um trabalho educativo também vem sendo desenvolvido junto aos alunos da rede municipal de ensino. "Estamos com uma ação conjunta com a Secretaria Municipal de Educação, o Escola Alerta, levando ensinamentos às crianças e aos jovens em sala de aula", disse a médica Veterinária Evelynne Marques, da SEBEA. Os conteúdos de educação ambiental tratam de cuidados básicos e posse responsável de cães e gatos.
Para Thaís Soares, médica veterinária também atuante na SEBEA, o trabalho nas escolas é importante para educar a nova geração sobre a preservação do meio ambiente, cuidados com os animais e compreensão dos riscos e formas de prevenção das zoonoses. "Acreditamos que ao transmitir esse conhecimento formamos cidadãos conscientes e capacitados para promover uma convivência saudável entre humanos e animais", destacou.
Ações efetivas
Entre as medidas preventivas que visam minimizar os riscos o programa de castração permanente tem destaque. O Castramóvel atua de forma itinerante, chegando inclusive à comunidades de mais difícil acesso. Políticas públicas focadas em educação ambiental e posse responsável também têm chegado à população, ajudando a evitar várias zoonoses como a raiva, leishmaniose, toxoplasmose, esporotricose, leptospirose. Essas doenças podem ser transmitidas por cães, gatos e ratos.
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