O Programa de Controle Populacional Permanentes de Cães e Gatos da Prefeitura de Maceió, sob coordenação do Gabinete de Gestão Integrada de Políticas Públicas para Causa Animal (GGI-CA), já assegurou 250 castrações desde sua implantação em janeiro deste ano. A unidade móvel já percorreu seis bairros da capital e atendeu na última ação, os pets da população de Jacarecica.   

O Gabinete da Causa Animal tem conduzido suas atividades visando a promoção da saúde, defesa, proteção e bem-estar dos animais do Município. E a castração tem um papel fundamental na manutenção da saúde dos pets, pois é um procedimento cirúrgico necessário não apenas para o controle populacional, mas também previne doenças futuras como câncer de testículo (machos) e de ovário (fêmeas).

Para o êxito do programa, a equipe atuante no Castramóvel reforça que é fundamental que os tutores que estão tendo os animais assistidos com a castração se comprometam com os cuidados no pós-operatório. Assim como em toda cirurgia, esse período, que é de total responsabilidade do tutor, é muito importante para uma recuperação plena e tranquila.

A médica-veterinária do Gabinete da Causa Animal, Maria Clara Carlos, listou orientações que precisam ser seguidas para que os tutores e pets passem por esse período de forma saudável, com tranquilidade e da melhor maneira possível.

Consulta pré-operatória

Neste momento, o tutor precisa se comunicar com o profissional para esclarecer  todas as situações que envolvem o procedimento que será feito. Desta forma, o processo fluirá de maneira consciente.   

“É um momento importante para que o tutor tire dúvidas sobre todo o procedimento cirúrgico, que vai desde a coleta de exames, pré-cirúrgico, tipo de anestesia, riscos cirúrgico e anestésico”, explicou a médica-veterinária. 

Seguir a medicação prescrita 

Todos os animais que são assistidos pelo Castramóvel com a cirurgia recebem uma receita com todas as medicações que precisam ser dadas aos animais. Ao entregar as receitas, a equipe orienta sobre os horários e dosagens adequadas ao paciente. 

“Depois da cirurgia, quando o pet receber alta médica, o médico-veterinário responsável irá prescrever as medicações necessárias para auxiliar na recuperação do animal. É muito importante seguir a receita, e, caso o animal não esteja aceitando a medicação ou haja o aparecimento de efeitos indesejáveis, entre em contato com o veterinário, pois só ele pode alterar e/ou adicionar alguma medicação”, relatou Maria Clara. 

Evitar movimentação excessiva e/ou atividade física

Monitorar o animal nesse período é fundamental, por isso a equipe alerta que as famílias precisam estar atentas aos movimentos e sinais que os animais apresentam. 

“O repouso é essencial para evitar ruptura de pontos (internos e externos) além do aparecimento de seroma (acúmulo de líquido entre a pele e musculatura). É difícil evitar que o pet se movimente, mas o tutor deve evitar estimular brincadeiras que envolvam pulos, saltos e corridas. Esse período geralmente gira em torno de 10 a 12 dias”, alertou a profissional. 

Cuide da lesão cirúrgica

“As suturas (pontos cirúrgicos) irão variar de acordo com gênero e tamanho do animal. É muito comum que os animais tentem retirá-las antes do tempo, e isso pode levar a aumento no tempo de cicatrização e a outras complicações. Por isso é ideal que durante a recuperação, o animal use o colar elisabetano e/ou roupa cirúrgica, está última devendo ser retirada apenas na troca de curativo e lavada quando necessário”, ressaltou.

Mais dicas

Maria Clara orienta sobre outros cuidados, como manter a dieta (sem petiscos e guloseimas), prestar atenção em aparecimento de sangramentos, diarreia, vômito, dificuldade em urinar e/ou defecar, também são importantes.

"Seguindo essas orientações seu pet terá uma recuperação excelente e poderá voltar às atividades normais com segurança. E lembrem-se de sempre entrar em contato com o médico-veterinário responsável caso necessite", finalizou.