Gabinete da Causa Animal alerta sobre os cuidados ao deixar os pets sozinhos
Médica-veterinária do GGI-CA, Maria Clara Carlos, orienta tutores que retomaram atividades externas com flexibilização da pandemia
A pandemia global de COVID-19 mudou bastante a relação dos pets com seus tutores. Antes da pandemia, a maioria dos animais só viam seus tutores pela manhã e ao final do dia, após a conclusão de longas jornadas de trabalho e estudos.
Com os decretos de restrição de circulação, na fase mais latente da pandemia, esse cenário mudou. Muitos tutores ficaram mais tempo em casa, em virtude do isolamento social, aulas on-line, home-office e demais atividades que ocorreram em modalidades remotas, tornando a relação entre humanos e animais mais próxima.
Com a flexibilização e o retorno da rotina de trabalho e estudo, a relação entre tutores e pets voltou, em alguns casos, a ter intervalos de separação maiores ao longo do dia. Nesse contexto, a médica-veterinária do Gabinete de Gestão Integrada de Políticas Públicas para Causa Animal (GGI-CA), Maria Clara Carlos, explicou que a ausência prolongada de interação entre animais e seres humanos pode ocasionar sofrimento aos pets.
“Muitos animais podem sofrer com a separação e desenvolver comportamentos inusitados e reações inesperadas, como fazer as necessidades fisiológicas fora do lugar de costume, destruir objetos, lamber as patas de forma excessiva”, pontuou a especialista.
Outro cenário apresentado pela profissional se refere ao tutores que não tinham nenhum animal e realizaram a adoção de um pet em meio à pandemia. "É muito importante instruir a população do Município sobre como será essa nova fase de adaptação", destacou a médica-veterinária que elencou orientações para estimular a independência dos pets neste período de retomada das atividades externas dos seus tutores.
Preparação dos pets na retomada gradual da rotina
Cerca de 15 dias antes, comece a preparar os ambientes
Deixe os brinquedos dos pets em um cômodo separado das áreas comuns da casa
Em algumas horas do dia, fique em um local da casa que o pet não tenha acesso a você
Recomendações caso o tutor precise sair de casa
É importante deixar fora do alcance dos pets qualquer item que possa ser engolido, quebrado ou que sejam afiados
Deixe uma peça de roupa do tutor à disposição do animal, pois o cheiro tende a acalmá-lo
Quando retornar para casa faça um breve carinho, sem exageros, dessa forma irá evitar que o animal fique muito eufórico e/ou ansioso com a presença do tutor
“Com o distanciamento social, muitas pessoas transferiram sua atenção para seus pets. Isso levou ao estreitamento da relação, potencializando a dependência emocional entre eles. Esse comportamento não se restringe apenas aos cães, pois os gatos também gostam de ficar com seus donos, apesar de levarem a fama de independentes”, enfatizou Maria Clara.
A médica-veterinária reforça que é muito importante ter paciência, pois ao longo desse processo de readaptação, muitos cães e gatos podem apresentar alterações comportamentais e distúrbios alimentares. Nesses casos, é importante levar o pet para uma consulta com o profissional para que possa compreender o caso e orientar como proceder.
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