Processo participativo do Plano Diretor de Maceió é apresentado na ONU-Habitat e vira referência para outras cidades

Modelo participativo prioriza transparência, inclusão e engajamento cidadão

Jéssica Viturino/ Ascom Iplan 28/05/2025 às 14:05
Processo participativo do Plano Diretor de Maceió é apresentado na ONU-Habitat e vira referência para outras cidades
Secretário-presidente do Iplan, Antonio Carvalho, apresenta painel na ONU-Habitat. Foto: Cortesia

O secretário-presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maceió (Iplan), Antonio Carvalho, participou como painelista, nesta quarta-feira (28), do evento internacional “Como defender os princípios e ações das Diretrizes de Cidades Inteligentes Centradas nas Pessoas”, promovido pela ONU-Habitat com apoio do Governo da França, na sede das Nações Unidas, em Nairóbi, Quênia.

O objetivo foi apresentar experiências de planejamento urbano que incorporam os princípios que embasaram as diretrizes internacionais para cidades inteligentes centradas nas pessoas. Maceió se destacou como exemplo de participação cidadã e inclusão no processo de revisão do Plano Diretor Da cidade.

Durante o painel, o secretário falou sobre o papel de Maceió como cidade referência no alinhamento entre planejamento urbano e abordagens inteligentes centradas nas pessoas. Carvalho destacou como a capacitação por meio do planejamento participativo ajudou a alinhar o novo Plano Diretor da capital alagoana com os princípios internacionais de equidade, transparência e empoderamento comunitário.

“O processo adotado foi fundamentado em pilares como transparência, acessibilidade e clareza, com uso de linguagem simples e divulgação de informações no site: https://planodiretor.maceio.al.gov.br/. Isso fortaleceu a participação popular, mas também construiu capacidade local e senso de pertencimento”, afirmou.

O secretário também ressaltou que as Diretrizes Internacionais para Cidades Inteligentes Centradas nas Pessoas (IG-PCSC) são fundamentais para apoiar a transição de cidades como Maceió rumo a um futuro urbano mais justo, inteligente e inclusivo. Segundo ele, essas diretrizes podem orientar melhorias em áreas como gestão de dados abertos, regulamentação inclusiva e criação de oportunidades econômicas, além de servir como referência para outras cidades com desafios semelhantes.

“Quando as pessoas participam, elas não apenas moldam as políticas, elas começam a confiar nelas”, pontuou Antonio Carvalho.

Evento da ONU-Habitat no Quênia. Foto: Cortesia
Evento da ONU-Habitat no Quênia. Foto: Cortesia

Além de Maceió, o painel contou com a participação da Dr. Biyu Wan (China), do Sr. Samuel Passah (Ghana) e da Sra. Brigitte Bariol (França), que também compartilharam experiências sobre os avanços em seus respectivos países em relação às diretrizes.

A moderação foi feita por Roberta Maio, da ONU-Habitat, que abriu o evento contextualizando o desenvolvimento e os objetivos das diretrizes, destacando sua importância dentro do novo Plano Estratégico 2026–2029 da entidade.

Entre os principais objetivos do evento, estão a promoção da transformação urbana digital inclusiva e sustentável, a apresentação de casos de impacto concretos e a discussão de caminhos possíveis para a implementação das diretrizes em diferentes realidades regionais e locais.

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