Moradores celebram novo espaço de lazer e fim de depósito de lixo no coração da Jatiúca
Durante cerca de quatro décadas, terreno destinado à construção de uma praça ficou abandonado; a construção do Parque da Mulher deu vida ao local e atendeu anseio antigo dos moradores
"Eu criei meus três filhos aqui nesta área. Antes não havia uma praça, era só um terreno abandonado, com carros jogando lixo, e éramos nós, os moradores, que limpávamos e cuidávamos deste espaço. Vários prefeitos passaram por aqui, mas nenhum deles olhou com tanto carinho e amor como o JHC. Ele realizou o meu sonho e o de muitos outros moradores daqui da Jatiúca”, assim descreve Maria Cristina, moradora há décadas da região, ao contemplar o novo Parque da Mulher, um espaço que permaneceu negligenciado durante muitos anos e que agora se ergue como um símbolo de renovação e esperança para a comunidade da Jatiúca.
O projeto do parque foi concebido pela antiga Secretaria Adjunta de Planejamento Urbano do município, atualmente integrada ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maceió (Iplan) e representa uma abordagem inovadora para atender às demandas da comunidade, promovendo o lazer e a convivência saudável em um ambiente urbano renovado.
Envolvendo a comunidade desde a sua concepção, o novo Parque da Mulher se destaca por suas características inclusivas. Quatro quiosques novos substituem estruturas antiquadas, oferecendo um ambiente mais agradável para os vendedores locais. Enquanto isso, um playground completo garante momentos de diversão segura para as crianças. O local também conta com uma área dedicada aos pets.
O presidente do Iplan, Antonio Carvalho, enfatizou a importância do novo Parque da Mulher como um marco significativo para a cidade. "Este parque representa mais do que simplesmente um espaço de lazer; é um símbolo do compromisso da gestão do prefeito JHC com o desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo", enfatizou Carvalho.
A acessibilidade foi uma preocupação central durante o planejamento do parque. Rampas e ciclovias foram cuidadosamente integradas, garantindo que pessoas com mobilidade reduzida ou que utilizam bicicletas tenham acesso fácil a todas as áreas do parque. Além disso, o parque oferece espaços para atividades físicas, incluindo uma academia ao ar livre, refletindo o compromisso com o bem-estar e a saúde da comunidade.
"Esse espaço, da forma como foi concebido, convida a gene para uma vida mais saudável. É agradável caminhar aqui, participar das atividades físicas e até apenas sentar num canto para descansar e refletir", disse José Claudio Souza, morador de uma rua próxima ao Parque da Mulher. Morador do local há cerca de 30 anos, ele lembra dos campos e quadras improvisados no imenso terreno baldio. "Às vezes mais parecia um lixão, tal era a quantidade de entulhos despejados aqui". Souza também lembra das crianças correndo atrás da bola em meio à sujeira, já que era o único local que tinham para brincar. "Meus filhos não tiveram isto aqui para usufruir; meus netos agora têm", disse, ao apreciar o parque.
Memorial da Mulher
Instalado em um local de destaque no parque está o Memorial da Mulher, uma escultura em forma de uma silueta feminina. A peça, com seis metros de altura, foi pintada em tom dourado, a cor preferida da psiquiatra alagoana Nise da Silveira, que inspirou o autor da peça, o artista plástico Fredy Correia. A peça repousa sobre um pedestal onde estão escritos os nomes de 100 mulheres que tiveram papel de destaque na história de Alagoas.
Ecoando essa relevância, a psicóloga e ativista feminista do Movimento Mulheres Negras, Vanda Menezes, falou da honra de ter o seu nome registrado na obra.
"Ter meu nome eternizado numa escultura que teve Nise da Silveira como inspiração é uma honra enorme, principalmente porque nesse memorial existem pessoas, mulheres importantíssimas que já se foram, mas também pessoas que estão em vida como eu, ainda na luta pelo bem viver de todas as mulheres”, pontuou Vanda.
Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maceió
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