O Gabinete de Gestão Integrada para a Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros (GGI dos Bairros) promoveu, na noite de quarta-feira (9), um encontro com os representantes dos bairros atingidos pela subsidência, que aconteceu no Centro de Acolhimento e Triagem (CAT), da Defesa Civil Maceió, para um levantamento de danos não materiais causados tanto para os moradores indenizados quanto para os que ainda residem no entorno.

Esse levantamento faz parte de um estudo que está sendo desenvolvido pela socióloga e doutora em planejamento urbano e regional, Nair Palhano, do Rio de Janeiro, que está em Maceió com o objetivo de auxiliar a Prefeitura nesta iniciativa. Ela já atuou em diversos desastres ambientais como, por exemplo, o rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais.  

“Meu objetivo aqui é fazer esse levantamento de danos e também saber como os indenizados estão hoje, se conseguiram recuperar suas vidas. É obrigação de quem cometeu o desastre acompanhá-los, como também deixar claro como se dá o processo indenizatório e como foi construída a pauta de valores”, ressalta a socióloga.

As lideranças dos bairros se reuniram em grupos para apontar quais dos danos ocorridos que ainda não foram solucionados. "Nós sempre prezamos por essa aproximação com os moradores, que são os principais afetados. Esse é um momento de revisão do que foi pactuado no Termo de Acordo através do Programa de Compensação Financeira da Braskem”, explica Ronnie Mota, coordenador do GGI dos Bairros.

Entre as principais queixas está o pedido de realocação dos moradores dos Flexais (Flexal de Cima e Flexal de Baixo), que sofrem com o isolamento socioeconômico. “Não olhar a área do entorno desses bairros é uma violação de direitos”, expõe Nair Palhano.

Na ocasião estiveram presentes, além da socióloga, o coordenador do GGI dos Bairros, Ronnie Motta e o coordenador adjunto da Defesa Civil de Maceió, Geraldo Vasconcelos.