Maceió perde Edson Moreira, referência na preservação da memória negra em Alagoas
Historiador e teólogo dedicou a vida à educação, à valorização de Zumbi dos Palmares e à preservação do patrimônio afro-brasileiro

Sendo um dos guardiões da memória e da resistência negra, o professor Edson Moreira faleceu nesta terça-feira(2), aos 83 anos, em Maceió. Historiador, teólogo e referência no movimento negro, Edson transformou sua vida em uma luta permanente pela valorização da cultura afro-brasileira, defendendo as raízes de Palmares e a identidade do povo negro.
Criador do Quilombo Real, seu museu-casa, um espaço cultural dedicado à preservação da história afro-brasileira, Edson também foi o idealizador do monumento a Ganga Zumba, instalado na orla de Cruz das Almas, e atuou para consolidar o 20 de Novembro como Dia da Consciência Negra em Alagoas, conquista que hoje é celebrada nacionalmente.
Para o presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural(FMAC), Myriel Neto, a partida do professor representa uma perda irreparável.
“Edson Moreira foi um símbolo da resistência e da valorização da nossa história. Sua luta pelo reconhecimento da cultura negra em Alagoas é um exemplo para todos nós”, destacou.
A trajetória de Edson inspirou gerações de pesquisadores, educadores, artistas e militantes. Seu compromisso fez com que a história de Palmares e a riqueza da cultura negra permanecessem vivas nos livros, nas ruas e nos espaços culturais de Maceió.
A Prefeitura de Maceió manifesta solidariedade à família, aos amigos e à comunidade cultural. O velório será realizado a partir das 15h, no Campo Santo Parque das Flores.
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