Estudantes, comunidade local e amantes da literatura podem, a partir desta quarta-feira (30), desfrutar da quarta edição da Festa Literária do Pontal da Barra (Flipontal). O evento segue até sexta-feira (1º), com palestras, oficinas, mesas de debate, feiras de livros, sarau de poesia e apresentações culturais. O evento acontece após dois anos de interrupção, em decorrência da pandemia do corona vírus.

Desde a abertura do evento, na manhã desta quarta-feira (30), os estudantes das escolas públicas municipais participam de contações de histórias, acompanhados de um banquete com chás e salgados, servidos especialmente para o momento literário com as crianças.

“Após ouvir a história legal que a tia contou, nada melhor do que tomar um chazinho”, conta o pequeno Miguel, de seis anos.

Após participarem da oficina de musicalização, as crianças percorrem o recinto apresentando os sons dos novos instrumentos que descobrem, tudo orquestrado pelo professor Jorge Félix – que desenvolve projetos de musicalização nas escolas. “Nestas oficinas eles aprendem a fazer música com objetos que nem imaginavam que serviam para isso, estimulando a percepção sonora, para que eles percebam a diferença entre o que é som e o que é ruído”, explica o professor.

Na oficina de brinquedos recicláveis, as crianças ressignificam o conceito de lixo. Agora, elas prometem olhar com mais carinho para os materiais recicláveis, tanto para darem um descarte correto, quanto usarem a criatividade para produzir brinquedos sustentáveis.

Pedro é aluno do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Silvestre Péricles. O estudante usou garrafas pets para construir um catavento. Para ele, “o que antes era lixo, agora pode servir de novo, pode juntar e servir para alguma coisa”, conta ao mostrar o seu brinquedo.  

No primeiro dia do Flipontal ainda teve palestra sobre os direitos do cidadão, com a promotora de justiça Karla Padilha; sobre cultura e educação para a construção de uma sociedade justa, com a promotora de justiça Vânia Lima e; sobre a produção literária alagoana nos anos 30, com o historiador Geraldo Majella.

“Este evento traz um conhecimento bastante diversificado sobre o Pontal da Barra e sobre a literatura alagoana e isso soma muito para nossa educação. Eu estou muito feliz por estar aqui, conhecendo um pouco mais sobre a nossa cultura”, diz o estudante do 3º ano do ensino médio da Escola Correia das Neves, Carlos Eduardo.

Para o idealizador do evento, Carlito Lima, as festas literárias estão se tornando uma tendência no Brasil e o município de Maceió está se destacando por promover esses eventos nos bairros históricos da cidade. “O nosso grande objetivo é incentivar a leitura, pois uma sociedade que lê é mais evoluída, e vamos fazer isso com festa, com alegria, com o nosso folclore e as belezas do nosso Pontal”, finaliza.