Educação lança 2ª edição do projeto Ginga Capoeira nas escolas municipais de Maceió
800 crianças, do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, terão a oportunidade de ter aulas de capoeira nas unidades; objetivos do projeto é estimular a discussão sobre a cultura afrobrasileira e combater a evasão escolar
Os sons de tambor e berimbau puderam ser ouvidos da entrada da Secretaria Municipal de Educação (Semed) nesta sexta-feira (1º). É que aconteceu o lançamento da 2ª edição do projeto "Ginga Capoeira", no auditório Paulo Freire, localizado na sede da secretaria, no Bom Parto, e contou com a presença de grupos culturais da área. O projeto é uma parceria da Semed com a Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), tem como objetivos incluir aulas de capoeira nas escolas municipais, estimular a discussão sobre a cultura afrobrasileira e combater a evasão escolar.
Participam dos trabalhos, os mestres e monitores de diversos grupos de capoeira e gestores das 16 escolas contempladas. 800 crianças, do 1º ao 5 º ano do Ensino Fundamental, começam a integrar as atividades de capoeira, a partir do dia 5 de julho. O projeto tem duração de 10 meses.
No auditório, a mesa de honra foi composta pelo secretário da Semed, Rogério Lima, o presidente da FMAC, João Hugo Lyra; o coordenador do projeto, Cláudio Figueirêdo, o diretor de gestão administrativa da Semed, Augusto Rocha, a deputada federal por Maceió, Tereza Nelma; o vice-coordenador do Centro de Cultura de Estudos Étnicos (ANAJO), Helcias Pereira e a coordenadora de Programas Suplementares (CGPS), da Semed, Lívia Lima.
Em sua fala, o secretário Rogério Lima destacou sua felicidade em apoiar o projeto e enfatizou o compromisso da gestão JHC com a cultura de Maceió.
"Fico muito feliz de ver nossa Educação, nossa sede, com a presença de vocês, repleta de cultura e de arte. Junto com a Cultura, a Educação tem feito grandes projetos na gestão JHC. Vamos ampliar esse projeto, ainda este ano, e conversar com os mestres para viabilizar esses trabalhos todo os finais de semana para a comunidade escolar. Tenho certeza que vamos fazer um grande trabalho, investindo sempre na nossa cultura e nossa arte", pontua.
Cerca de 50 pessoas estavam no local embalados por cantos africanos e característicos da capoeira. Era possível ver o entusiasmo e os olhares afetuosos das pessoas. O público estava composto por capoeiristas, professores, diretores das escolas municipais participantes, autoridades e integrantes de grupos de capoeira, como a Orquestra Didática Alagoana de Berimbaus e o grupo de capoeiristas do Cras Pitanguinha.
Para João Hugo Lyra, a gestão está há um ano e meio fazendo diferente no Município em relação à cultura. "É uma satisfação pessoal estar fazendo parte desse projeto. Em um ano e meio de gestão foi vista uma grande diferença referente à valorização da cultura no Município. É uma gestão que está fazendo diferente e melhor para o povo", disse o presidente da FMAC.
O coordenador do projeto, mestre Cláudio Figueirêdo, enfatizou em sua fala que o projeto será uma forma de valorizar os mestres da nossa cultura.
"A gente vai ter a segunda oportunidade de fazer um trabalho bonito com as crianças na rede de ensino. Para mim é a realização de um sonho antigo porque a capoeira está entrando pela porta da frente, uniformizando as crianças, tocando os instrumentos nas escolas e dando abertura para os mestres da nossa cultura. Tenho certeza que não vamos decepcionar, assim como na primeira edição", disse mestre Cláudio.
Uma das diretoras das escolas contempladas também acompanhou a solenidade de lançamento do projeto. Gestora da escola Padre Brandão Lima, no Benedito Bentes, Emília Albuquerque, contou que ficou contente com o convite do projeto e disse que é um trabalho que vai agregar no ensino em sala de aula.
"Quando me ofertaram para participar do projeto eu aceitei de braços abertos porque isso trabalha muito com a concentração do aluno, então vai ajudar bastante na sala de aula. Está tudo lindo e acolhedor, estou ansiosa para ver os efeitos dessas atividades na escola", afirmou a diretora.
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