Biblioteca da FMAC possui acervo com quase 9 mil exemplares
Fundação pretende transformar o espaço num local de interação cultural com a comunidade
A biblioteca da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) tem quase nove mil livros e homenageia um dos maiores escritores brasileiros, o alagoano, natural de Quebrangulo, Graciliano Ramos. O acervo é um registro da cultura alagoana, direcionado também para obras relacionadas à música, ao teatro e títulos estrangeiros.
As publicações englobam trabalhos acadêmicos e relatos de experiências dos próprios artistas de acordo com o segmento cultural ao qual fazem parte. Há ainda livros sobre a economia criativa e produção cultural que abordam as questões conceituais da arte e da cultura nacional e local. Há obras de autores alagoanos que abordam as relações da identidade sociocultural regional e alagoana.
A Biblioteca Graciliano Ramos (FMAC) comporta ainda uma sala de leitura, um espaço lúdico para crianças. O acervo possui também uma coleção de filmes nacionais no formato DVD, CD’s e uma coleção de filmes analógicos, no antigo formato VHS. Por enquanto, não há empréstimo de livros, mas a consulta às obras podem ser realizadas pela comunidade na própria biblioteca, que fica na Avenida da Paz, número 900, no bairro Jaraguá, em Maceió. O telefone para informações é o (82) 3312-5820.
Dica de Leitura – A sugestão de leitura da Biblioteca Graciliano Ramos (FMAC) é o Livro Alexandre e Outros Heróis (edição de 2005). A obra narra histórias folclóricas e inverossímeis sobre heróis e feitos grandiosos fazendo o leitor demarcar fronteiras imaginárias entre territórios nos quais são narradas as peripécias dos personagens. No livro, mestre Graça escreve:
“Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.”
Ascom/FMAC
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