Afundamento de solo: Grupos Culturais apontam prejuízos após realocação

Redação 10/05/2021 às 21:32
Afundamento de solo: Grupos Culturais apontam prejuízos após realocação
Reunião ocorreu na sede da Prefeitura de Maceió. Foto: Erik Maia/Secom Maceió

Grupo culturais de Maceió começaram a entregar ao Município documentos que quantificam as perdas causadas pelo afundamento do solo nos bairros de Bebedouro, Mutange, Bom Parto, Pinheiro e parte do Farol. A entrega aconteceu durante uma reunião ocorrida nesta segunda-feira (10), na sede da Prefeitura, no Jaraguá.

A principal reivindicação é suporte técnico e financeiro para os grupo que estão ameaçados de extinção. Eles pedem apoio para que os grupos, que tiveram seus membros afastados após a realocação de moradores dos bairros, consigam manter as atividades. Os grupos também pediram a construção de um espaço multieventos que consiga contemplar apresentações de todos os grupos de folguedos de Maceió e a criação de um pavilhão que possa servir como base.

“Nós tínhamos grupos com mais de 100 participantes que não conseguem mais se reunir após o processo de realocação. Eram estudantes que iam das escolas para os ensaios e não tínhamos a preocupação com o lanche, mas agora teremos. Além disso, não tínhamos custos com confecções das roupas de apresentação, pois através de parcerias a gente conseguia fazer com que o dinheiro arrecadado fosse aplicado no próprio comércio local”, explicou Elvis Pereira, representante da Liga dos Grupos de Coco de Roda de Alagoas.

Márcio Penteado e Gardenia Nascimento. Foto: Erik Maia/Secom Maceió

Para Márcio Penteado, assessor Técnico do GGI dos Bairros – Gabinete de Gestão Integrada para a Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros, as reivindicações de cada grupo será analisada levando em consideração as ações que possam ser desenvolvidas a curto, médio e longo prazo.

“Pedimos que os grupos apresentem essas pautas para que possamos intervir em busca do emergencial. É claro que há pautas em comum que abrangem o macro, como o Pavilhão e o Espaço para as apresentações, mas precisamos pensar nas dificuldades que esse grupos enfrentam hoje”, defende Penteado.

Presidente da Fmac, Miriam Monte. Foto: Erik Maia/Secom Maceió

Mirian Monte, presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural, acredita que a reunião de hoje representou um grande avanço visando a reparação para os grupos culturais.

“Avançaram muito no consenso de que deve existir um espaço específico para essas manifestações culturais. Desta forma, vamos poder montar um calendário fixo e trabalhar isso da melhor forma com o turista, reduzindo custos. Outro ponto importante é que o requerimento entregue hoje representa mais de 100 grupos espalhados pela cidade. São pessoas que conseguem enxergar as reais necessidades desses grupos para que nós possamos apresentar as demandas deles”, concluiu Miran Monte.

Erik Maia/Secom Maceió

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