Defesa Civil de Maceió mostra a Senadores ações de monitoramento e proteção à população
A entrevista de Nobre também serviu para trazer luz à fake news de que Maceió está desabando
O coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, foi entrevistado na manhã desta quarta-feira (13) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o caso Braskem.
Ele citou as ações preventivas tomadas pela Prefeitura de Maceió, que conta com uma equipe técnica especializada para lidar com os problemas da mineração, envolvendo geógrafos, geólogos, agrimensores, meteorologistas e engenheiros, totalizando 117 colaboradores.
“Temos um corpo técnico qualificado e equipamentos que hoje monitoram toda a região afetada, que percebem a movimentação do solo em milímetros. Todo esse monitoramento tem por objetivo principal salvaguardar a vida das pessoas e agir de forma preventiva”, disse ele.
Para monitorar as minas, a Defesa Civil conta com 77 receptores do Sistema Diferencial de Navegação Global por Satélite (DGNSS), que recebem dados por satélite; são 26 sismógrafos (14 superficiais e 12 em profundidade) que mensuram os microssismos na região onde está o afundamento do terreno.
Além disso, há 10 piezômetros (para medir a pressão e a temperatura dentro das cavidades), quatro inclinômetros (para medir a angulação das cavidades), 13 tiltímetros (para variações e inclinações deste ângulo), e três pluviômetros (para medir o volume de chuva).
A entrevista de Nobre também serviu para trazer luz à fake news de que Maceió está desabando.
Os problemas decorrentes da mineração afetam cerca de 3km² dos 509km² do município, o que equivale a cerca de 0,58% de todo o seu território.
Monitoramento de outros possíveis problemas
Durante a CPI, Nobre também citou números positivos de Maceió em relação a outras situações que assolam o município, como as chuvas.
Apesar disso, desde 2021, com planejamento e maior monitoramento, os riscos diminuíram e não houve nenhuma morte durante os períodos chuvosos, que acontecem especialmente entre os meses de abril e agosto.
“Por dois anos consecutivos, não registramos vítimas fatais durante o período chuvoso em Maceió. Isso é fruto do trabalho preventivo realizado pela Defesa Civil Municipal”, adicionou.
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