Assistência Social inicia segunda fase de cadastro de famílias afetadas por enchentes
Nessa etapa, serão cadastradas as famílias que não precisaram ser abrigadas em um dos 15 pontos da Prefeitura de Maceió
A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), iniciou nesta segunda-feira (25), a segunda fase do cadastramento para famílias atingidas pelo alagamento da Lagoa Mundaú, mas que não precisaram ser abrigadas em um dos pontos da Prefeitura de Maceió. Essas pessoas receberão um Auxílio Emergencial de R$ 500 pagos.
Os moradores da região do Bom Parto estão sendo os primeiros a receber esse atendimento. Cerca de 400 pessoas serão atendidas diariamente no Centro de Acolhimento e Triagem (CAT), no bairro do Pinheiro. A diretora da Proteção Social Básica da Semas, Aline Pedrosa, destacou que esses atendimentos serão feitos a partir do encaminhamento da Defesa Civil.
“Primeiro a gente já atendeu a todo mundo que estava em um dos 15 abrigos montados pela Prefeitura, e agora, neste segundo momento, estamos atendendo as pessoas que foram encaminhadas pela Defesa Civil. Essas pessoas que perderam pertences durante o alagamento, mas que já estão em suas casas ou casas de parentes, estarão recebendo também os auxílios, através desse encaminhamento da Defesa Civil”, explicou Aline.
A dona de casa, Joseliane Cardoso, de 38 anos, foi uma das primeiras a chegar no local de atendimento. Ela contou que perdeu tudo de casa e que o auxílio vai ajudá-la na reconstrução de sua vida.
“Tive que sair de casa, por causa da lama e da água, minhas coisas foram todas destruídas, praticamente não sobrou nada, só deu tempo de pegar algumas coisas, uns documentos e meu filho e sair. Fiquei abrigada aqui no CAT da Defesa Civil, durante o período que não pude voltar para minha casa. Aqui também fui bem atendida, recebia as três refeições e tudo que eu precisava, colchão e materiais para higiene pessoal também. O auxílio vai me ajudar nesse recomeço, e a todos que precisam nesse momento. Vai dar para começar a comprar as coisas, talvez uma cama e as coisinhas para gente viver”, disse Joseliane.
A exemplo de Joseliane, o comerciante Luciano Antônio, também é morador do bairro do Bom Parto e destacou como esse período de chuva e alagamento foi um transtorno para ele e a família.
“Esse período de chuva foi um transtorno enorme para gente que mora na região do bairro do Bom Parto, já sofremos demais quando chove, e naquele domingo, onde tudo alagou, foi pior. Alagou tudo muito rápido e deixou muita gente desamparada, como eu. Minha esposa não quer mais viver próximo à lagoa, pois tem medo. Agora vamos precisar sair daquele local. Mas ainda bem que estamos tendo essa força, através do auxílio da Prefeitura. A gente já não tinha muita coisa e perdemos com a chuva, então vai ajudar muito para nos reerguemos”, falou o comerciante.
Desde quarta-feira (20), uma força-tarefa da Defesa Civil visita os bairros afetados para identificar as casas que sofreram alagamento para que a Prefeitura possa pagar o auxílio emergencial também a quem não ficou nos abrigos. O coordenador Adjunto da Defesa Civil, Geraldo Vasconcellos, destacou a importância dessa ação e ressaltou a continuidade das atividades.
“É muito importante essa ação, pois é para levar para os moradores que foram atingidos pela inundação da Lagoa Mundaú, os benefícios que a Prefeitura de Maceió trouxe. Essa ação também é integrada entre Defesa Civil e a Secretaria de Assistência Social, sendo a Defesa Civil quem faz a parte de campo, e o encaminhamento para que a Semas possa fazer o cadastro daqueles que mais precisam para dar acesso ao auxílio. Essa ação terá continuidade. Faremos, durante essa semana, com os moradores atingidos do bairro do Bom Parto e em seguida atenderemos a mais moradores da região das margens da lagoa” explicou o coordenador.
A Prefeitura está trabalhando em regime de urgência para cadastrar os afetados pelas chuvas no menor tempo possível. Mais de 4.500 pessoas tiveram a assistência do Município durante o período de abrigamento, durante o qual receberam alimentação, colchões, kits de dormir e de higiene e outros itens de necessidade básica. Cerca de 3 mil famílias já receberam a primeira parcela do Auxílio Emergencial.
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