Agentes da Defesa Civil de Maceió relembram atuação no desastre do Rio Grande do Sul

Cooperação em nove municípios gaúchos completa um ano em maio

Luís Eduardo Ramalho (estagiário)/ Ascom Defesa Civil Maceió 17/05/2025 às 09:00
Agentes da Defesa Civil de Maceió relembram atuação no desastre do Rio Grande do Sul
Equipes trabalharam no mapeamento de áreas atingidas. Foto: Ascom Defesa Civil Maceió

Há ano, o céu nublado do Rio Grande do Sul testemunhava não só a destruição causada pelas chuvas intensas e deslizamentos, mas também a solidariedade de 13 agentes da Defesa Civil de Maceió, que desembarcavam em solo gaúcho para cumprir uma missão que foi além de da produção de relatórios, levar apoio humano para quem perdeu tudo.

Durante 10 dias de atuação intensa, a equipe percorreu nove municípios gaúchos afetados pelo desastre como Muçum, Roca Sales e Lajeado e fez o mapeamento de áreas críticas com o uso de drones, identificando zonas de risco e ajudando a traçar rotas para restabelecimento.

A piloto de drone, Dayanne Alexandre, relembra um dos momentos mais marcantes da missão. “Apesar dos desafios técnicos como o clima instável, os acessos bloqueados e a urgência das demandas, o que mais me marcou foi ver de perto a realidade das famílias, conversar com quem perdeu tudo e, ainda assim, encontrava força para seguir. Foi profundamente comovente”, revela.

Enquanto isso, em terra firme, o engenheiro civil Júlio Normande se deparava com estruturas comprometidas, acessos destruídos e famílias desabrigadas. “O que mais me emocionou foi ver a força e união das pessoas. Quem perdeu tudo estava nos abrigos, ajudando na distribuição de doações. A verdadeira reconstrução não está apenas nas estruturas, mas na solidariedade e no espírito coletivo. É essa força que nos dá esperança”, conta. 

Durante a missão, a equipe de Maceió colaborou diretamente com os municípios afetados, oferecendo suporte técnico essencial para que as cidades conseguissem solicitar recursos federais por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres. A atuação dos agentes foi importante para orientar as prefeituras na organização das informações e na elaboração dos documentos necessários para receber apoio do Governo Federal.

Liderando a missão, o coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió destaca o papel dos profissionais. “Fomos convocados para essa missão pela Defesa Civil Nacional pela expertise que nossos técnicos possuem nas ações de reconstrução e restabelecimento. Hoje somos parte do Grupo de Apoio a Desastres, podendo atuar também em outros locais do Brasil”, explica Abelardo Nobre.

A lembrança daquela missão segue viva não só nos registros oficiais, mas na memória e no coração dos que estiveram lá. Em meio à destruição, a equipe de Maceió deixou um legado de cuidado, técnica e, sobretudo, empatia.

Dayanne Alexandre mapeou áreas atingidas em nove municípios gaúchos. Foto: Ascom Defesa Civil Maceió
Dayanne Alexandre mapeou áreas atingidas em nove municípios gaúchos. Foto: Ascom Defesa Civil Maceió

Relembre o que aconteceu

Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou uma das maiores tragédias naturais da história. Chuvas intensas provocaram enchentes de grandes proporções, deslizamentos de terra e a destruição de comunidades inteiras. Tempestades afetaram 471, dos 497 municípios gaúchos. Cidades ficaram submersas, com famílias ilhadas, casas arrastadas pela força da água e pontes rompidas, isolando populações inteiras.

Os agentes da Defesa Civil de Maceió relataram que viram ruas cobertas de lama, estrutura urbana completamente danificada e moradores caminhando com o que restou dos pertences nos braços. O cenário era de profunda tristeza, mas também de resiliência. Cada abraço, cada olhar de gratidão das vítimas, reforçava o propósito da missão, que foi estar presente onde a vida pede socorro.

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