“A visão foi desoladora e profundamente impactante”, diz engenheiro que atuou no RS
Equipe da Defesa Civil de Maceió ficou no estado gaúcho durante 10 dias, auxiliando em nove cidades atingidas pela catástrofe
Um grupo com 19 agentes da Defesa Civil de Maceió retornou no último final de semana da Missão Rio Grande Sul. A equipe foi enviada pela Prefeitura de Maceió com o objetivo de prestar apoio e auxílio aos municípios gaúchos atingidos nas ações de restabelecimento e reconstrução.
Os agentes tinham o objetivo de levantar os danos causados pelas chuvas e enchentes afim de solicitar, por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), do Governo Federal, recursos de uma forma mais célere, para que as famílias atingidas possam, o mais breve possível, reconstruir suas vidas.
É a segunda vez que o engenheiro Júlio Normande atua em cidades do Rio Grande do Sul. Ele relatou que o evento recente foi muito mais violento. "O desastre deste ano foi devastador, muito pior do que o do ano passado. Lembro-me de visitar alguns bairros para realizar o levantamento dos danos em setembro de 2023. E naquela época, as pessoas estavam limpando seus imóveis, tentando, com esforço, retomar suas vidas normais. Agora, em maio, não restou nenhuma parede de pé. A visão foi desoladora e profundamente impactante”, disse.
Na equipe de trabalho, que foi dividida em vários grupos para atender a demanda, havia profissionais das áreas de engenharia civil e de agrimensura, geologia, geografia, serviço social e psicologia. Em conjunto, trabalhavam com o objetivo único de amenizar o sofrimento dos gaúchos e trazer um pouco mais de esperança.
A assistente social Katiane Moraes também integrou a equipe e conta que “a missão Rio Grande do Sul 2024 foi uma experiência de grande aprendizado, que vai além do nosso olhar profissional. Poder contribuir nesse momento de restabelecimento do estado com minha expertise enquanto assistente social, me faz sentir muito orgulho. Visto, que o (a) assistente social desempenha um papel crucial nessas situações de desastres, proporcionando apoio às vítimas que vivenciam essa calamidade pública. Sempre com empatia e competência, a fim de viabilizar os direitos sociais das pessoas atingidas", afirmou.
Os agentes da Defesa Civil de Maceió permaneceram no estado gaúcho por 10 dias e fizeram o trabalho de levantamento aerofotogramétrico em nove cidades: Lajeado, Muçum, Marques de Souza, Estrela, Putinga, Encantado, Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul e Roca Sales.
“Atuar nos municípios afetados do Rio Grande do Sul foi uma experiência profundamente impactante. Pude observar de perto os efeitos devastadores da inundação, desde a erosão do solo até a destruição de infraestruturas, o que reforça a importância do planejamento urbano e ambiental. O povo gaúcho me trouxe uma nova perspectiva sobre a resiliência e solidariedade. Encontrei pessoas que, apesar das perdas materiais, exibiam determinação e cooperação para enfrentar os desafios”, concluiu o geógrafo Adsson André, que também integrou a equipe que atuou no desastre.
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