Na manhã desta quinta-feira (24), a Defesa Civil de Maceió convocou o Previne Maceió – grupo composto por secretarias que atuam na defesa da população em situação de risco – para discutir ações preventivas para o período chuvoso. O objetivo é atuar de forma programática para reduzir o tempo de resposta às catástrofes climáticas. Os trabalhos já iniciaram, mas acontecerão de forma mais integrada a partir do dia 7 de março.

As ações estão centradas em um Plano de Resposta, com grupos de trabalho para acionamentos de urgências e construção de uma sala de situação para acompanhamento meteorológico; além de um Plano de Abrigamento, com estrutura adequada, mantimentos suficientes, divisão para as pessoas que testam positivo para o coronavírus, oferecimento do auxílio emergencial e cadastro na habitação.

Para o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, o Plano preconiza ações para todo o ano. Até o período de agosto serão desenvolvidas ações de resposta, e em setembro ações de planejamento para o próximo ano.

“Agir de forma preventiva é uma forma inteligente de evitar maiores transtorno para a população e tornar o dinheiro público mais eficiente. A metodologia técnica da Defesa Civil mostra que as ações de prevenções são mais adequadas para esse tipo de trabalho com a população”, explicou o coordenador.

Entre as ações já desenvolvidas está a instalação de lonas nas encostas. Foram mais de 56 locais contemplados, com 8 mil m² de lonas colocadas.

O setor meteorológico informa que as últimas chuvas que caíram em Maceió são classificadas como chuvas conectivas (as chuvas de verão), mas o órgão também alerta que a partir de abril poderá surgir o que os especialistas chamam de chuvas centrais, em que tendem a ser mais longa, com baixas quedas de temperatura e um volume maior de água chegando até junho, configurando-se no período de outono.     

No Previne Maceió, além da Defesa Civil, que atuará na sistematização do diagnóstico e encaminhamento das situações de risco para os órgãos competentes, a secretaria de Educação irá contribuir com o oferecimento de escolas que servirão de abrigo; a secretaria de Saúde irá auxiliar nos cuidados sanitários com as famílias abrigadas; a Segurança Comunitária fará a demolição dos imóveis condenados; a Assistência Social facilitará o acesso das famílias abrigadas ao auxílio emergencial; a Habitação realizará o cadastro das famílias no programa de habitação; a Infraestrutura atuará das drenagens nas encostas; a Superintendência de Desenvolvimento Sustentável atuará nas supressões e podas das árvores que possam prejudicar em casos de deslizamento; e a SMTT ajudará nas interdições das vias, para garantir um fluxo seguro nos períodos chuvosos.