Desenvolvimento Sustentável leva ações para evitar descarte incorreto de perfurocortantes
Somente este ano, mais de 40 profissionais da limpeza urbana já se lesionaram com esse tipo de resíduo
Em ação iniciada na última segunda-feira (20) e concluída nesta quarta-feira (22), as equipes de educação ambiental da Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes) percorreram as ruas e prédios do Conjunto José Tenório, na Serraria, orientando a população da região sobre o descarte correto de resíduos perfurocortantes.
Cerca de 700 moradores aprenderam como devem descartar alguns resíduos comumente encontrados em casa e que podem ferir catadores e animais que manejam o lixo. É o caso, por exemplo, de lâminas de barbear, agulhas, brocas, pregos, pedaços de madeira, tampas serrilhadas de latinhas de conserva e vidro quebrado. Somente este ano, mais 40 profissionais da limpeza urbana já se lesionaram com esse tipo de resíduo em Maceió.
Kedyna Tavares, diretora de planejamento e serviços especiais da Sudes, afirma ser importante que as pessoas aprendam práticas positivas para o funcionamento da coleta domiciliar.
“A população é aliada do poder público não somente quando mantém a cidade limpa, mas também na execução desse processo. Descartando esse tipo de material corretamente, evita-se muitas acidentes e afastamentos dos trabalhadores da limpeza urbana, mantendo a coleta sempre em ordem”, disse.
Moradora do conjunto, Tereza Silva diz que aprendeu com a ação e que irá mudar seu hábitos. “Muitas vezes descartei de forma errada. A partir de agora, irei praticar o que me foi passado, protegendo os profissionais que trabalham na coleta”, afirmou.
Caso o gari seja ferido ao executar seu trabalho na coleta domiciliar, é encaminhado ao hospital. Se o ferimento for ocasionado por latas ou pregos, o funcionário é vacinado contra o tétano. Nos cenários onde ocorrem acidentes biológicos (agulhas), os colaboradores são levados ao Hospital de Doenças Tropicais e passam por uma bateria de exames. A depender do tipo de agulha, e se continha sangue, toma um coquetel de medicamentos. Além disso, são monitorados por seis meses retornando ao HDT para fazer novos exames.
“Precisamos que a população preste atenção aos ensinamentos e mude a forma de agir, se preocupando mais com os coletores. É necessário ter consciência e mudar essa realidade em que acidentes ainda acontecem com objetos perfurocortantes”, completou a diretora.
Além da equipe de educação ambiental da Sudes, 10 jovens aprendizes da Naturalle, empresa de coleta domiciliar da capital, ajudaram na ação.
Alexandre Vieira / Ascom Sudes
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